Ministro da Agricultura e Pesca apoia projeto para a restinga e para a barra de Esposende
O Ministro da Agricultura e Pesca, José Manuel Fernandes, quer agilizar o processo de intervenção na foz do rio Cávado, indo ao encontro das pretensões do presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, que há muito reclama esta obra para proteção da cidade e segurança da atividade dos pescadores e dos praticantes de atividades náuticas de recreio.
O presidente da Câmara Municipal de Esposende sentou à mesma mesa todas as partes intervenientes no processo, além do Ministro e da Secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro de Aguiar, e ficou definida a intervenção, a curto prazo, desde que ultrapassadas as burocracias e aprovadas as comparticipações de fundos comunitários.
Na reunião hoje realizada participaram os membros do Executivo Municipal, representantes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN).
“Já existe um estudo, o que é positivo e o facto de ter acolhimento na comunidade local é também muito importante”, afirmou José Manuel Fernandes, aludindo ao “Estudo de caraterização de riscos e programa de intervenção para a proteção da restinga de Ofir e Barra do Cávado”, realizado no Laboratório de Hidráulica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e tendo como equipa responsável diversos investigadores desta universidade, da Universidade do Minho e do Instituto de Hidráulica e de Recursos Hídricos (IHRH).
“Existe uma forma de resolver este problema e temos de avançar já”, começou por referir Benjamim Pereira, apelando à concertação de esforços de todas as entidades para que “esta obra fundamental para o concelho seja concretizada”.
Para Pimenta Machado, Vice-presidente da APA, este estudo “acautela os valores ambientais e congrega ambiente, proteção da natureza, proteção do litoral”.
Para Sandra Sarmento, Diretora do ICNF, “a solução proposta agrada-nos, porque acautela os valores naturais de um estuário que detém uma riqueza incalculável ao nível de ecossistemas”.
Já José Carlos Simão, da DGRM, alertou para a necessidade de “ser acautelada a segurança na navegação marítima, na ligação do rio ao mar”, enquanto Beraldino Pinto, Vice-presidente da CCDR-N “defendeu a importância de desenvolver projetos que contribuam para a coesão territorial”.
A resolução das preocupações hoje apresentadas contribuirá para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas.