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Montalegre assinala os 750 anos de foral

Os primeiros versos da Marcha de Montalegre representam a verdadeira essência dos povos de Barroso. Valentia rebuscada da vontade indómita de prevalecer não sobre um território agreste e áspero, mas com essa mesma natureza rude e tantas vezes injusta que moldou o barrosão. Prazenteira, porque a hospitalidade é um valor inegociável em Barroso que, ao jeito do “Entre quem é!”, mantém intactas as ancestrais boas maneiras de receber quem quer que surja por entre a porta quase sempre aberta.

 

Montalegre celebra no próximo 9 de junho os 750 anos da atribuição do foral. Provecta idade esta de um dos bastiões da nacionalidade. Não obstante o simbolismo da data, a efeméride que antecede o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é celebrada com os olhos virados para o futuro. Montalegre tem razões para tal. Terra do Padre Fontes, a figura maior do Barroso, atual e perpétuo mestre de cerimónia da já mítica Sexta 13 – Noite das Bruxas, passando pela dupla e singular distinção de se constituir, em simultâneo, território Património Agrícola Mundial e Reserva da Biosfera, é inegável que Montalegre tem demonstrado, ao longo dos anos, uma particular capacidade de adaptação aos desafios da contemporaneidade.

 
 


Com uma superfície superior à da ilha da Madeira – reforçado por uma raia seca com cerca de 70 km extensão – Montalegre tem o arrojo de capitalizar os ativos naturalmente ao seu dispor. Os seus encantos vão muito além da paisagem, passando pelo património gastronómico, onde se destaca naturalmente o Cozido Barrosão, elaborado com o famoso Fumeiro de Montalegre e com a carne da raça barrosã. A tradição ainda é o que era em Montalegre e os velhos laços firmados com a terra ainda permanecem fortes, constituindo o princípio elementar da recheada Agenda Cultural do município. Com o estatuto que 750 anos de história conferem, Montalegre assume-se, naturalmente, como terra fria capaz de aquecer o coração mais gelado.

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