Município de Braga e UMinho unem-se para valorização do Núcleo Arqueológico de Santo António das Travessas
O Município de Braga e a Universidade do Minho vão assinar na próxima Terça-feira, dia 4 de Maio, um protocolo que visa a valorização e adequação à visita do Núcleo Arqueológico de Santo António das Travessas.
Pela sua importância histórica e monumental, este é um local que importa valorizar através de um projecto de musealização que prevê a consolidação das estruturas arqueológicas existentes e a sua visitação.
Esta operação contará com a colaboração da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho (UAUM), instituição esta responsável pela investigação arqueológica já realizada neste local. A UAUM compromete-se a comparticipar o projecto através da cedência de meios materiais, técnicos e humanos, designadamente o apoio em meios de levantamento e processamento de imagem, gestão informática da informação e cedência do necessário pessoal investigador e técnico de arqueologia.
O conjunto patrimonial, propriedade do Município e localizado no edifício lote 20-26 da Rua Santo António das Travessas, remete para a longa história bimilenária de Braga, oferecendo, por isso, um elevado potencial científico, histórico e cultural para a compreensão da evolução urbana da cidade.
Este Núcleo Arqueológico, à semelhança da Zona Arqueológica das Carvalheiras (já em processo de valorização) está compreendido e integrado no quadro de uma estratégia global de promoção do património arqueológico e histórico de Braga, disponibilizado em conjuntos especializados e complementares, que permitem evidenciar e singularizar o potencial patrimonial de diferentes locais da cidade.
Pretende-se assim valorizar e abrir à visita as ruínas do Núcleo Arqueológico de Santo António das Travessas; integrar a área arqueológica de Santo António das Travessas, enquanto Núcleo Arqueológico interpretado, na rede de oferta cultural e turística de Braga, em associação com as outras áreas arqueológicas e centros interpretativos já visitáveis na cidade e respectiva periferia; e reabilitar o espaço do rés-do-chão do prédio correspondente aos nºs 20-26 da referida rua, propriedade do Município onde se encontram as ruínas, conferindo-lhe uma maior centralidade e contribuindo para a dinamização daquela artéria da cidade de origem medieval.
Esta área arqueológica regista uma ocupação continuada desde inícios do século I até à actualidade, estando esta última fase representada pelas remodelações que foram feitas no imóvel com fachada para a rua Santo António das Travessas.