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Município de Braga procedeu à plantação de 614 árvores em 2024

Durante décadas o arvoredo urbano do Concelho de Braga foi alvo de sistemáticas podas agressivas, mal-executadas e tecnicamente inadequadas. A par deste facto, é de salientar que o arvoredo urbano foi ainda alvo de diversos ‘maus-tratos’ (corte e mutilação das raízes e tutoragens mal feitas). Desde 2013, o Município de Braga imprimiu rigor e regras no que se prende com a poda e abate de árvores. Neste seguimento, desde 2015 que a poda incorrecta deixou de ser feita pela equipa de jardineiros da Autarquia.

 
Foto Município de Braga

Atino Bessa, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, destaca a importância de avaliar e analisar o arvoredo a partir de estudos feitos por técnicos e académicos capazes de emitir pareceres fidedignos e que vão de encontro, sobretudo, ao contexto de segurança da população. “É nesta estratégia de estudo e avaliação técnica que temos vindo a investir numa lógica de planear o ordenamento do arvoredo do concelho. Assim, desde 2015 que o Município deixou de executar podas sem ter como base pareceres técnicos devidamente fundamentados. Saliente-se que as técnicas de poda mal-executadas causaram um declínio um tanto ou quanto acentuado (dependendo da espécie) no património arbóreo público”.

 
 

Segundo o responsável, esta “actuação desorientada” fez com que muitos exemplares fossem colocados em superior risco de fractura e queda. “Perante esta realidade, alteramos a metodologia e consideramos imprescindível a realização de um diagnóstico do estado fitossanitário e da solidez biomecânica. Diagnóstico este que fazemos questão de tornar público para que não pairem dúvidas sobre o estado da estrutura arbórea do Concelho. Este é um trabalho de transparência que temos vindo a desenvolver desde 2015, ano em que as podas desmedidas e sem estratégia deixaram de ser praticadas”, sustenta Altino Bessa.

O Município tem abatido apenas árvores que representem perigo para a população. A par disso, é importante destacar o facto de o número de plantações ultrapassar, “em grande escala”, o número de abates que, reitere-se, são feitos com base na avaliação fitossanitária de risco de fractura. Entre os meses de Janeiro e Março de 2024 foram abatidas 68 árvores após avaliação do estado fitossanitário e do risco de fractura por se encontrarem em estado de degradação acentuada e em perigo de queda podendo, assim, causar danos a pessoas e bens.

 
 

Altino Bessa acrescenta que têm sido plantadas milhares de árvores por todo o Concelho por via, inclusive, de acções de sensibilização que envolvem toda a comunidade. “Só no presente ano foram plantadas 614 novas árvores, tendo como principal preocupação que os novos exemplares plantados se adeqúem ao espaço disponível para que quando atingirem o estado adulto, não conflituem com o edificado, vias (passeios e faixas de rodagem) e as infra-estruturas enterradas”.

Tendo como base os dados apresentados, é possível constatar que existe um rácio amplamente positivo entre o número de árvores abatidas e o número de árvores plantadas. “Por cada árvore abatida o Município plantou nove novas árvores”, conclui Altino Bessa.

 

De sublinhar que, para além dos milhares de árvores plantadas ao longo dos últimos anos nas várias iniciativas, tais como o Reflorestar Braga e o Oxigenar Braga, também a Divisão de Jardins e Espaços Verdes plantou milhares de árvores. Esta equipa procede ao abate e plantação dos números aqui apresentados.

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