Museu de Olaria em Barcelos recebe exposição “ Aqua + 32” de Carlos Enxuto
A Sala da Capela do Museu de Olaria recebe, de 24 de junho a 25 de setembro, a exposição “ Aqua + 32”, do ceramista caldense Carlos Enxuto, que este ano completa 32 anos de carreira.
A escolha da designação da exposição não foi aleatória; antes tem simbologia especial: “Aqua” porque se trata de um elemento imprescindível para o trabalho na cerâmica e a sua forte ligação à Ria de Aveiro; “+ 32” porque assinala os seus 32 anos de carreira.
As suas peças retratam, maioritariamente, tigelas. Toda a peça começa e termina numa tigela. Inspirado nas técnicas ocidentais e orientais, a sua cerâmica caracteriza-se por ser feita a altas temperaturas, num misto de técnicas antigas e atuais.
Natural das Caldas da Rainha, Cidade Criativa da UNESCO em 2019, Carlos Enxuto vem agora expor noutra “Cidade Criativa” – Barcelos -, que passou a integrar a Rede de Cidades Criativas, no ano de 2017.
Carlos Enxuto é um autor conceituado na área da cerâmica, pertence à Academia Internacional de Cerâmica, tal como Barcelos, e tem uma forte componente ligada à criatividade.
A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h00, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
Sobre o autor – Carlos Enxuto
Nascido em 1963, desde cedo teve contacto com a cerâmica, e logo na juventude emergiu a sua vontade de criar, manifestando-se através da pintura, do desenho e da escultura.
Em 1988, iniciou a sua formação no CENCAL, nas Caldas da Rainha, cidade reconhecida como um dos principais centros cerâmicos portugueses e hoje reconhecida como Cidade Criativa da UNESCO no panorama do Artesanato e Arte Popular.
Foi ainda em 1989 que se estabeleceu com o seu espaço próprio e, em 1990, obteve o seu primeiro reconhecimento com o prémio “Recuperação de Formas Tradicionais”, no concurso de Design Cerâmico, Caldas da Rainha. Este foi apenas o primeiro de muitos.
Dedicou grande parte da década de noventa e do novo milénio ao ensino, à investigação e à experimentação em vários domínios da produção de cerâmica a altas temperaturas e inspirado em técnicas milenares orientais e ocidentais da produção de cerâmica, que associa à sua paixão pela escultura nas suas criações artísticas em cerâmica.
Hoje, conta com 32 anos de uma carreira inteiramente dedicada à cerâmica, e soma dezenas de exposições individuais e coletivas, nacionais e internacionais. Recentemente, foi premiado na Bienal de Aveiro 2021 e é atualmente membro da Academia Internacional de Cerâmica.