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Museu holandês retoma operação de restauro de “A Ronda da Noite” de Rembrandt

O restauro da pintura “A Ronda da Noite”, do mestre holandês Rembrandt, foi retomado na quarta-feira, depois de dois meses de interrupção devido à pandemia de covid-19, anunciou o Rijksmuseum, em Amesterdão.

 

Ao mesmo tempo que anunciava o retomar da “Operação Ronda da Noite”, o Museu Nacional dos Países Baixos publicou no seu ‘site’ a maior e mais detalhada fotografia do quadro, que está a ser alvo de um grande projeto de restauro.

 
 

Devido ao impacto da pandemia de covid-19, também a segunda fase da operação de restauro foi adiada, passando do final do verão deste ano para o começo de 2021.

Lançado em julho de 2019, o projeto de restauro e investigação do quadro é o maior e mais ambicioso de sempre do Rijksmuseum.

 
 

Na fotografia divulgada na terça-feira, a imagem da pintura permite ser aumentada a tal ponto que surgem as pinceladas e pigmentos de uma das mais famosas pinturas de Rembrandt, executada em 1642, que ocupa habitualmente a galeria de honra do Rijksmuseum.

A obra a óleo sobre tela mostra a guarda de Amesterdão sob o comando do capitão Frans Banning Cocq, e enquadra-se na tradição holandesa de retratos coletivos que surgiu na chamada idade de ouro da arte dos Países Baixos.

 

Num texto colocado no ´site ´o diretor do museu, Taco Dibbits, explica que os especialistas que estão a trabalhar na “Operação Ronda da Noite”, para restaurar a pintura, “têm usado as mais avançadas tecnologias, e conseguiram ultrapassar fronteiras do que se pensava ser possível”.

“Esta fotografia é uma fonte crucial de informação para os investigadores, e os visitantes ´online ´podem usá-la para admirar a obra de arte de Rembrandt minuciosamente”, salienta o responsável.

 

A equipa liderada pelo cientista Robert Erdmann criou esta fotografia de “A Ronda da Noite” através de um total de 528 exposições fotográficas, colando digitalmente 24 filas de 22 imagens com a ajuda de redes neurais, resultando numa imagem final feita de 44,8 gigapixels, com a distância 20 micrometros (0,02 mm) entre cada pixel.

Isto permitirá aos cientistas estudarem o quadro detalhadamente de forma remota, e também conseguirão de detetar futuramente qualquer traço do processo de envelhecimento da pintura.

 

No âmbito do projeto, o Rijksmuseum criou uma caixa de vidro de grandes dimensões em volta da pintura para ser restaurada à vista do público, e transmitiu o processo em ´streaming´.

De acordo com Taco Dibbits, o protocolo do trabalho dentro da câmara de vidro foi revisto para conformar-se às exigências de contenção da pandemia, podendo não mais de duas pessoas permanecerem a trabalhar ao mesmo tempo.

AG // TDI

Lusa/Fim

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