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Navio de investigação da Federação Russa acompanhado ao largo da Madeira e da costa continental Portuguesa

11 de Janeiro de 2024
Portugal

 

O navio de investigação científica “Professor Logachev” (“профессор логачев”), IMO 8834691, da Federação Russa, proveniente do Atlântico Sul, referenciado em Outubro de 2023 em Trinidad e Tobago (na capital, Port of Spain) e em Cuba (na capital, Havana), foi acompanhado pela Marinha Portuguesa na Zona Económica Exclusiva de Portugal, de 8 a 11 de Janeiro de 2024, pelo NRP Viana do Castelo (na foto), número de amura P360, navio patrulha oceânico da classe “Viana do Castelo”, comandando pelo capitão-de-fragata Ricardo José Sá Granja, ao largo da Região Autónoma da Madeira; e, rendendo aquele meio naval, até 14 de Janeiro de 2024, ao largo da costa continental pelo NRP Corte Real, número de amura F332, fragata da classe Vasco da Gama, comandado pelo capitão-de-fragata Bruno Ricardo Amaral Henriques.

 
 
Foto via Marinha Portuguesa

Na presente data, 16 de Janeiro de 2024, o “Professor Logachev” navega a 10,9 nós ao largo de Brest, na Bretanha, no Noroeste de França, rumando a Nordeste com destino anunciado para Kaliningrad, Federação Russa, no Mar Báltico, com chegada prevista para 25 de Janeiro de 2024.

Construído em 1991, nos estaleiros de, Nikolaev, na Ucrânia , o navio “Professo Logachev” (“профессор логачев”), classe 12883/12883M, é detido e operado pela “Polar Marine Geosurvey Expedition” (PMGE), fundada em 1962, uma subsidiária da “Russian Geological Exploration Holding” (ROSGEO), empresa detida na totalidade pelo Estado da Federação Russa, dedicada à pesquisa e exploração geológica. Desloca 5 612 toneladas, tem um comprimento de 104,5 metros, uma boca de 16 metros e um calado de 5,8 metros. Propulsionado por 2 motores (2ME, iCE 6ЧН40/46-OM4), tem uma velocidade máxima de 13,5 nós (10 nós em cruzeiro) com um alcance operacional de 21 000 milhas. Tem uma tripulação de 32 elementos e pode acomodar uma equipa de 37 elementos técnicos e cientistas.

 
 

Alvo de uma profunda modernização em 2015-2016, a cargo dos estaleiros de Kanonersky (São Petersburgo), está equipado com um conjunto alargado de plataformas de investigação que lhe permitem realizar missões que vão desde a recolha de amostras do leito oceânico, o mapeamento com sonar, a medição de elementos físicos e químicos na coluna de água, o mapeamento com sensores electro-ópticos do fundo oceânico e a pesquisa com análise de imagens estáticas e vídeo de objectos afundados.

Conta com um ROV (“Remotely Operated Vehicle”), submersível de operação remota de fabrico norueguês, SPERRE Sub-Fighter 30k, de 1 tonelada, com um “payload” de 30 a 40 kg, e, equipado com braços manipuladores, ferramentas de corte e de perfuração, camaras de alta definição, iluminação, comunicações e sensores, podendo operar até aos 6 000 metros de profundidade.

 

Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”

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