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Navios da Marinha Chinesa monitorizados pela Força Aérea Portuguesa ao largo da costa continental

Portugal
15 de Julho de 2024

 

“Destroyer” “Jiaozuo”, número de amura 163 da classe Type 052D (NATO “Luyang III”) e reabastecedor “Honghu”, número de amura 906, da classe Type 903A (NATO “Fuchi”) do 46.º Grupo Tarefa de Escolta da Marinha do Exército Popular de Libertação da China, acompanhados a 15 de Julho de 2024, ao largo da costa continental de Portugal, por aeronave P-3 “Orion” (14810) da Força Aérea Portuguesa (FAP). Os mesmos largaram a 14 de Julho de 2024 do Porto de Casablanca (Marrocos), após 5 dias de permanência, rumando a Norte, passando ao largo da costa portuguesa, e cruzariam o Canal da Mancha a 17 de Julho de 2024.

 
 
Fotos via FAP

Um P-3C CUP+ “Orion” (14810, 497C9A) da Esquadra 601 – “Lobos” da FAP, a operar com o callsign “ORION56”, realizou este acompanhamento, ao largo da Figueira da Foz, em redor das 18:00 UTC, aterrando na Base Aérea N.º 11 em Beja pelas 19:15 UTC.

Os dois navios chineses aportariam a 23 de Julho de 2024 a São Petersburgo, na Federação Russa (Báltico) numa visita protocolar, com a presença do Almirante Hu Zhongming, Chefe de Estado Maior da Marinha Chinesa, com participação, na manhã de 28 de Julho de 2024, na parada anual da Marinha Russa presidida pelo Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, assinalando o 328.º aniversário da mesma. Deverão voltar a cruzar a costa portuguesa na início da primeira semana de Agosto de 2024.

 
 

Estes dois navios, acompanhados da fragata “Xuchang”, número de amura 536 da classe Type 054A (NATO “Jiangkai II”), sob a égide do 46.º Grupo Tarefa de Escolta da Marinha da China, que largou do porto de Zhanjiang na província de Guangdong, no Sul da China, estiveram afectos desde Março de 2024 ao Teatro de Operações do Golfo de Áden (“عدن”) e da Somália em missões de escolta a navios civis. A operar desde 1 de Agosto de 2017, as Forças Armadas da China possuem um base com cerca de 50 hectares de instalações militares (com porto e heliporto) em Djibouti, no Corno de África.

Fotos via FAP

O “Jiaozuo” (“焦作”), ao serviço desde Janeiro de 2022 com o número de amura 163, parte da variante “Stretched” (“Alongada”) da classe Type 052D, desloca 7 500 toneladas, com um comprimento de 161 metros e uma boca de 17 metros, tem uma velocidade máxima de 30 nós com um alcance operacional de 4 500 milhas náuticas (aproximadamente 8 334 km). Com uma guarnição de 280 elementos, está armada com uma peça naval H/PJ-38 de 130mm; 64 células (2×32) em lançadores verticais (VLS) para mísseis de defesa anti-aérea de longo e médio alcance (HHQ-9B e HHQ-16/Dk10), mísseis anti-navio e anti-superfície YJ-18 / YJ-83 e torpedos anti-submarino CY-5; 1 plataforma lança-de defesa anti-aérea de curto-alcance HHQ-10; 1 plataforma CIWS Type 730 / 1130; 2 tubos (triplos) lança torpedos Yu-8. Conta com convés de voo e hangar para 1 helicóptero. A sua classe de “destroyers” é composta por mais de 25 unidades actualmente ao serviço, a primeira delas desde 2014.

 

O “Honghu” (“洪湖”), ao serviço desde Julho de 2016 com o número de amura 906 da classe Type 903A de navios de reabastecimento, desloca 23 400 toneladas, com um comprimento de 178,5 metros, um boca de 24,6 metros e um calado de 8,7 metros, tem um velocidade máxima de 20 nós com um alcance operacional de 19 000 km. Com uma guarnição de 130 elementos, conta com convés de voo e hangar para helicóptero (Z-8 ou Z-9), estando armado com 4 plataformas duplas Type 76 de 37mm. Esta classe pode transportar até 10 500 toneladas de “fuel”, 250 toneladas de água e 680 toneladas de carga geral e munições. Conta actualmente com 9 navios construídos e ao serviço, a primeira das quais desde 2004.

Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”

 

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