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“Néctar dos Deuses” inspira futuro centro multiusos de Vila Verde

A antecipar o que será a transformação da antiga Adega, foi inaugurada no dia 17 de junho, no futuro centro multiusos de Vila Verde uma obra de arte inspirada na figura da mitologia greco-romana Baco, mas que faz a ligação à modernidade de um concelho que assenta o desenvolvimento sustentado no legado da sua identidade histórica e cultural. 

 

Sobressaída de uma enorme parede em granito, a obra “Néctar dos Deuses” é uma criação do escultor Pedro Figueiredo, numa homenagem a “Baco, deus do vinho”. Está construída com recurso a um misto de materiais tradicionais e modernos, onde se inclui a tijela em faiança e o cesto de uvas em vime, a par da personagem em poliéster sob pintura em bronze. 

 
 

Como explicou a presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes, a obra de arte integra-se desde já naquilo que o Município pretende que venha a ser no futuro o edifício da antiga adega cooperativa de Vila Verde, atualmente em obras para transformação em centro multiusos. 

“Este será um futuro espaço de cultura e eventos, onde funcionará também um museu da vinha e do vinho ainda em construção. Nada melhor do que associar a obra de arte a este espaço”, assumiu Júlia Fernandes, numa cerimónia que contou com a participação de várias entidades locais e regionais. 

 
 

A produção da escultura acontece no âmbito de um programa de intervenções artísticas ao abrigo do projeto “No Minho não há Aldeia melhor do que a minha”, financiado pelo EEC Provere Minho Inovação e promovido pelo consórcio MINHO IN, que integra as Comunidades intermunicipais (CIM) do Alto Minho, Ave e Cávado, abrangendo os 24 municípios da região.  

Helena Pereira, responsável pela curadoria neste projeto, salientou o sucesso que resultou do trabalho desenvolvido, sublinhando a facilidade de trabalhar com Vila Verde, reconhecendo que é “um Município que cumpre e faz”. A isso juntou a capacidade do escultor escolhido para fazer uma produção que valoriza o contexto do mundo rural, também associado à viticultura. 

 

Presente na inauguração, o escultor Pedro Figueiredo sublinhou a preocupação adaptar a dimensão história do “deus do vinho” à modernidade, assim como enquadrar a obra no espaço, fazendo sobressair a escultura de uma parede que encarou como magnífica. 

Numa cerimónia que contou com as presenças de responsáveis da ATAHCA, da D’Arte e do Agrupamento de Escolas de Vila Verde e utentes da APPACDM, foi ainda apresentado um Código QR que dá acesso a sons associados à viticultura, desde o pisar de uvas ao vinho a cair para a tigela. 

 

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