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NORTE 2020 viabiliza financiamentos de 61 milhões de euros para fazer avançar a Ciência na Região

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) apresentou esta terça-feira um dos mais robustos pacotes de sempre de apoio às infraestruturas científicas e a projetos de Investigação & Desenvolvimento na região Norte.

 
António Cunha

Ao todo, a CCDR-N tem aprovados ou em fase final de aprovação, ao abrigo do NORTE 2020 (Programa Operacional Regional do Norte), um conjunto de financiamentos comunitários que ascende a 61 milhões de euros, num investimento total de 72 milhões, a realizar até 2023.

 
 

Neste conjunto, destacam-se os investimentos estruturantes em oito infraestruturas científicas da região, com um volume de financiamento comunitário superior a 30 milhões de euros.

Entre esses está o “Centro Compreensivo do Cancro do Porto” (P.CCC), que agregará o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e o i3S Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, tendo por objetivo promover a investigação e inovação de ponta e transformar o futuro dos cuidados oncológicos, através da disponibilização de produtos para o rastreamento, diagnóstico e terapia do cancro. O desenvolvimento de biomarcadores para vigilância de pacientes oncológicos e familiares em risco, novas metodologias de diagnóstico e prognóstico e estratégias terapêuticas, modelos experimentais de pesquisa pré-clínica e ensaios clínicos iniciais para medicamentos novos ou reaproveitados.

 
 

Os demais projetos deste pacote [ver neste dossier] dizem respeito a infraestruturas para investigação da química biológica e a genética (Instituto de Biologia Molecular e Celular, IBMC), a computação avançada e a investigação em recursos microbianos (Universidade do Minho), o desenvolvimento da microscopia avançada para as ciências da Saúde (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, INL), a investigação em nutrição e alimentação (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), o desenvolvimento de aplicações tecnológicas para o tratamento de nutrientes, água e energia (Fraunhofer Portugal), e a digitalização da investigação clínica no Norte de Portugal (envolvendo o Centro Clínico Académico), este último em fase final de aprovação.

Também no pipeline de aprovação, em fase final de análise, encontra-se o projeto “BIOPOLIS”, promovido pelo ICETA – Instituto de Ciências, Tecnologias e Agroambiente da Universidade do Porto, para a criação de um centro de excelência em biologia ambiental, Ecossistemas e agrodiversidade, investimento que ascende a 13 milhões de euros, com um financiamento de 11 milhões.

 

No evento – que contou com a participação da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e do Ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor – o Presidente da CCDR-N, António Cunha, destacou que “a Ciência é hoje um pilar do desenvolvimento regional do Norte”.

“O investimento em Ciência na Região Norte está vivo e é profundamente reprodutivo. Gera conhecimento avançado que pode ser valorizado pela economia e pelo mercado, cria emprego qualificado e atrai quadros, interage com os territórios e as populações”, sustentou António Cunha.

 

Para o Presidente da CCDR-N “há hoje um consenso regional quanto ao papel da Ciência no desenvolvimento do Norte. O futuro da região passa também por aqui”, sustentou, “pelo que o próximo programa operacional regional deve continuar a assumir esta vocação de fortalecimento das instituições de ciência e, como decantação da mesma, uma forte aposta estratégica num Sistema Regional de Inovação autónomo.”

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