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Padres entram em lay-off no Porto

Depois da Diocese de Angra do Heroísmo, também a Diocese do Porto anuncia que vai entrar em lay-off. Sem receitas dos peditórios, igreja garante não ter dinheiro para pagar salários, segundo noticia a TSF.

 

Não sabem ainda por quanto tempo será o regime de lay-off, nem se todos os padres e funcionários serão abrangidos. Certo é que a medida vai avançar, na sequência da pandemia de Covid-19. O ecónomo da Diocese do Porto explica que cada paróquia e cada instituição que integra esta diocese avaliará à vez a necessidade de entrar em lay-off e em que regime, se total ou parcial.

 
 

Há uma única certeza: são muitas centenas de pessoas abrangidas, entre padres e funcionários. “Quando falamos da Diocese do Porto não são só os seus serviços centrais, mas sim de todas as paróquias e instituições que fazem parte desta Diocese”, adianta o padre Samuel Guedes.

No Porto há 477 paróquias e o número de padres na Diocese do Porto ultrapassa as três centenas. Apenas os párocos dos serviços centrais não serão afetados por esta decisão.

 
 

O padre Samuel Guedes adianta que os direitos e deveres em regime de lay-off na igreja serão iguais aos de qualquer trabalhador. Para justificar esta decisão, a igreja argumenta que, sem as receitas habituais, seria muito difícil à Diocese manter os salários por inteiro.

“A maior parte das receitas chegam dos peditórios e ofertórios que a igreja faz nos locais de culto”, afirma o pároco. “Com as igrejas fechadas temos dificuldades em fazer face aos vários salários que temos nas nossas instituições.”

 

Tal como a Diocese do Porto e de Angra do Heroísmo, nos Açores também alguns trabalhadores afetos a instituições da igreja no Algarve já foram colocados em lay-off.

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