“Pandurs” portuguesas e carro de combate T-55 romeno
Viaturas blindadas de rodas Pandur II 8×8 do Exército de Portugal, ao serviço da Companhia de Atiradores Mecanizada da 4.ª Força Nacional Destacada na Roménia (4FND CAtMec/ROU), junto a um carro de combate T-55A (AM) do Exército da Roménia (“Forţele Terestre Române”), em treinos conjuntos em Fevereiro de 2024, na Roménia.
Ao serviço do Exército Português desde 2009, a Pandur II 8×8 é uma viatura blindada de rodas, construída pela GDELS-Steyr (Aústria), com um peso de 18 toneladas, capaz de uma velocidade máxima de 105 km/h. Com uma guarnição de 1 a 2 militares, podendo transportar até 10 militares equipados, está armada, na sua versão “standard”, com uma metralhadora pesada de calibre 12,7mm ou, em variante, com uma metralhadora de calibre 7,62mm ou ainda um lança-granadas automático de 40mm.
O T-55A conta com uma peça estriada D-10T de 100 mm (com 43 munições armazenadas); com uma metralhadora co-axial PKT em calibre 7,62mm (com 3 500 munições); e com metralhadora pesada DShKM em calibre 12,7mm sobre a torre (com 300 munições). Tem um alcance operacional de 500 km e pode alcançar uma velocidade máxima de 50 km/h. Foi produzido na União das Républicas Socialistas Soviéticas (URSS) entre 1955 e 1981. A versão aqui presente, AM, corresponde a uma modernização da plataforma T-55A, com nova motorização, reforço de blindagem (BDD; estruturas suplementares nas laterais da torre), sistema de controlo de tiro Volna, medidor de distância laser sobre o cano da peça.
Os militares portugueses aqui presentes estão aqui afectos à Companhia de Atiradores Mecanizada de Rodas do Exército Português, da 4ª Força Nacional Destacada na Roménia (4FND CAtMec/ROU), no âmbito das “enhanced Vigilance Activities” da NATO para aquele flanco leste da Europa – que faz fronteira, a Norte e a Leste, ao longo de 649 km com a Ucrânia.
A 4FND CAtMec/ROU, sob comando do Major de Infantaria André Joaquim Teixeira Valente, é composta por elementos provenientes de várias unidades do Exército, da Marinha e da Força Aérea, com um total de 200 militares, com o respectivo aprontamento a ter sido assegurado pelo Regimento de Infantaria N.º 13, em Vila Real. Esta força iniciou operações partindo de Lisboa durante a madrugada de 25 de Novembro de 2023 numa missão que se estenderá por 6 meses, até Maio de 2024. É constituída por uma Companhia de Atiradores Mecanizada (três Pelotões de Atiradores e uma Secção Canhão), um módulo de defesa antiaérea, um módulo de conjunto de informações e um destacamento de apoio administrativo.
Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”
