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Portugal suspende uso de vacinas da AstraZeneca e atrasa vacinação

As autoridades de saúde portuguesas decidiram hoje suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 por motivos de “precaução” e “saúde pública”.

 
vacina

A decisão foi anunciada pela autoridade do medicamento (Infarmed) e surge após vários países europeus também já terem suspendido a administração desta vacina devido a relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.

 
 

DGS apela para tranquilidade de quem recebeu vacina da AstraZeneca

A diretora-geral da Saúde apelou hoje para a tranquilidade das pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca e garantiu que não foram reportadas em Portugal reações adversas como as identificadas em outros países.
DGS apela para tranquilidade de quem recebeu vacina da AstraZeneca
“Se foi vacinado, mantenha-se tranquilo. Estas reações são extremamente raras e no nosso país não foram reportados fenómenos semelhantes aos encontrados nos outros países”, afirmou Graça Freitas, numa conferência de imprensa conjunta com a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e com a `task force´ do plano de vacinação.

 
 

Segundo a responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS), “apesar de as reações adversas mencionadas serem extremamente graves, também são extremamente raras”, não estando identificado o nexo de casualidade entre esta vacina e as situações de coágulos sanguíneos registados em outros países.

“Apesar de não estar identificado o nexo de causalidade entre a vacina e estas reações, pelo princípio da precaução foi decidido fazer uma pausa na vacinação com a vacina da AstraZeneca”, disse.

 

Dirigindo-se às pessoas que já receberam a vacina da AstraZeneca em Portugal, Graça Freitas apelou ainda para que se mantenham atentas a sintomas de mau estar durante alguns dias.

“Sobretudo, se este mau estar for acompanhado de nódoas negras ou hemorragias cutâneas, não hesite e consulte um médico”, salientou Graça Freitas, ao assegurar que o ministério da Saúde e o Infarmed “mantêm toda a confiança na vacinação contra a covid-19” e apelam a todos para que continuem a vacinar-se de acordo com o calendário previsto.

 

O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segurança de vacinas reúne-se na terça-feira para discutir a vacina contra a covid-19 AstraZeneca/Oxford, anunciou o hoje o seu diretor-geral.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também já anunciou que vai realizar uma reunião especial na quinta-feira para analisar esta situação, mas já adiantou que os benefícios da utilização da vacina superam os riscos.

 

As duas reuniões foram agendadas na sequência da decisão de vários países europeus de, por precaução, suspenderem a administração desta vacina, após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas que já tinham sido vacinadas.

Suspensão da vacina da AstraZeneca atrasa vacinação em duas semanas

O processo de vacinação contra a covid-19 vai sofrer um atraso de duas semanas devido à suspensão temporária da administração da vacina da AstraZeneca, reconheceu hoje o coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação.

“O processo de vacinação fica ligeiramente atrasado, porque saiu da panóplia de vacinas que estávamos a usar uma quantidade substantiva de vacinas que era a da AstraZeneca. Portanto, o processo vai adiar cerca de duas semanas”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, sem deixar de apontar a conclusão da primeira fase para o próximo mês: “O prazo era meados de abril, nunca dissemos exatamente em que semana de abril”.

Relativamente à população a que estavam destinadas as doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca e pela Universidade de Oxford, Henrique Gouveia e Melo referiu que os professores eram um dos grupos previstos para este fim de semana e que esse processo será adiado, mas assegurou que os utentes com mais de 50 anos com comorbilidades não deixarão de ser vacinados com as doses disponíveis das outras vacinas autorizadas.

“Eles serão atingidos não por esta vacina, mas serão vacinados com as vacinas que estão a ser utilizadas da Pfizer e da Moderna, adiando em cerca de duas semanas o seu processo de vacinação. Mas, em meados de abril todos esses utentes estarão vacinados”, garantiu, acrescentando: “Vamos concentrar as vacinas que estão disponíveis nos grupos mais prioritários, diminuindo nos grupos de resiliência. Vamos conseguir cumprir com as metas que tínhamos determinado”.

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