Póvoa de Lanhoso prepara lançamento do Bairro Comercial Digital
O ano de 2025 representará um período da transição digital para a Póvoa de Lanhoso com o lançamento do Bairro Comercial Digital, que visa promover, desenvolver e gerar um impacto positivo nas vendas do comércio e das empresas locais. Este é um projeto desenvolvido no âmbito Mecanismo de Recuperação e Resiliência da Comissão Europeia, através de um financiamento que, no caso da Póvoa de Lanhoso, ascende a 942.950,31 Euros.
O Bairro Comercial Digital é também uma oportunidade que o Município Povoense abraçará, tendo em vista a concretização de outros projetos rumo à concretização de uma smart village (uma vila inteligente) voltada para o futuro e assente na integração de tecnologias avançadas, onde se incluem a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas/IoT (uma rede de dispositivos físicos conectados à internet que recolhem, partilham e analisam dados, permitindo uma maior automatização e eficiência nas mais diversas áreas), Sensorização, Deep Learning (subcampo do machine learning, que utiliza redes neuronais artificiais complexas para imitar a forma como o cérebro humano processa e aprende a partir de grandes volumes de dados), Process Automation (utilização de tecnologia para automatizar tarefas repetitivas) permitindo que as mesmas sejam mais eficientes, precisas e consistentes, libertando recursos humanos para atividades mais estratégicas) e Analítica, com especial destaque para o desenvolvimento de uma Plataforma de Gestão Urbana.
A sustentabilidade e a acessibilidade serão também prioridade na medida em que desempenharão um papel fundamental na gestão do território e, consequentemente, no bem-estar daquelas pessoas que habitam, trabalham ou visitam o concelho.
Contudo, o desenvolvimento da Póvoa de Lanhoso como uma vila inteligente não passa apenas pela tecnologia, mas também por intervenções que visarão tornar o espaço público mais apetecível para aqueles que efetivamente fazem da Póvoa de Lanhoso um território autêntico e identitário: as pessoas.
Num mundo cada vez mais “phygital”, onde o físico e o digital tendem a confundir-se, a aposta passará por utilizar as potencialidades do digital para promover a utilização do espaço físico, as relações entre os/as cidadãos/ãs e, acima de tudo, colocar a tecnologia ao serviço destes/as e não o contrário. É, aliás, o motivo também pelo qual, associado ao desenvolvimento do Bairro, encontram-se em fase de execução uma estratégia de marketing territorial e um conjunto de práticas de placemaking (criação de lugares de qualidade onde as pessoas queiram viver, trabalhar, brincar e aprender), que não são mais do que intervenções que procuram criar lugares e/ou ambientes significativamente funcionais e atraentes para as pessoas, melhorando o ambiente urbano e fortalecendo a relação entre os/as cidadãos/ãs e o espaço público: uma experiência imersiva no ambiente e não apenas no mundo digital.
