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Primeiras edições de obras de Aquilino Ribeiro doadas à Universidade do Minho

Um acervo de primeiras edições de obras de Aquilino Ribeiro vai ser doado esta quinta-feira à Universidade do Minho. A cerimónia decorre pelas 14h30, na Biblioteca Vítor Aguiar e Silva, situada no último piso do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), no campus de Gualtar, em Braga. A sessão prevê a presença da presidente do ILCH, Isabel Ermida, do doador das obras, Manuel de Lima Bastos, e do presidente da Associação Portuguesa de Escritores e membro do Conselho de Curadores da UMinho, José Manuel Mendes.

 

O acervo inclui os livros “Jardim das Tormentas” (1913), “A Via Sinuosa” (1918), “Terras do Demo” (1919), “Filhas de Babilónia” (1920) e “Estrada de Santiago” (1922). Junta-se ainda a reprodução de um LP de 1959, da editora discográfica Orfeu, com Aquilino Ribeiro a proferir o capítulo nono de “O Malhadinhas”, bem como os dois volumes “Retrato de Aquilino – Pintura sobre Palavras” (2013, 2017), de Manuel de Lima Bastos. Na sessão, o romance “Terras do Demo”, do qual se assinala um século, e o espólio vão ser apresentados por Isabel Cristina Mateus, professora do Departamento de Estudos Portugueses e Lusófonos do ILCH. As narrativas são em boa parte passadas nas origens “bárbaras e agrestes” de Aquilino Ribeiro, no distrito de Viseu. A linguagem carateriza-se pela riqueza lexicológica e por frases cheias de regionalismos.

 
 

Aquilino Ribeiro (Sernancelhe, 1885 – Lisboa, 1963) foi um dos principais escritores portugueses da primeira metade do século XX, com obras como “Cinco Reis de Gente”, “Romance da raposa”, “A Casa Grande de Romarigães” e “Quando os Lobos Uivam”. O seu trabalho englobou romance, conto, memória, infantojuvenil, biografia, história, etnologia, teatro, crítica e tradução. O autor estudou na Sorbonne em Paris, foi professor do Liceu Camões em Lisboa, conservador da Biblioteca Nacional, presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores, membro da Academia das Ciências de Lisboa e jaz no Panteão Nacional. A Fundação Aquilino Ribeiro tem sede na Casa Museu-Biblioteca em Soutosa, Moimenta da Beira, onde o escritor viveu e regressou com frequência.

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