Primeiro-Ministro aponta setores do têxtil, calçado e agroalimentar como motores da recuperação
O Primeiro-Ministro, António Costa, destacou esta quarta-feira em Guimarães que “o calçado, o têxtil, o agroalimentar são indústrias fundamentais e com as quais contamos para o futuro” e sublinhou que “vão ter que ser os motores da recuperação económica do país”. A posição assumida pelo governante decorreu no final da visita à Contextile – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, em Guimarães, acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, pelo Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira e o Executivo Municipal.
A partir da Cidade Berço, António Costa deixou um sinal ao país sobre a importância da reindustrialização, mas sem prescindir da indústria do passado. “Não prescindo de uma reindustrialização do país que ignora da indústria que já temos e a indústria que ao longo dos séculos fez de nós aquilo que somos”, salientou o Primeiro-Ministro.
António Costa lembrou que a pandemia ainda não passou e que “ninguém sabe” quando isso acontecerá, realçando que todos têm de saber viver com o vírus. “Sobretudo não podemos deixar cair os braços e desistir. Um dos desígnios foi o da reindustrialização do país, e podemos fazer indústria nova em novos setores. A abertura de uma escola na área do aeroespacial na Universidade do Minho é um investimento para ser no futuro mais uma indústria nova. Temos de apoiar empresas, Universidades e a cultura através da criatividade para se manterem vivas”.
O Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, fez referência à estreia ligação da autarquia com a Universidade, como “institutos e centros de saber” onde “está a chave para o futuro que queremos”. O Presidente da autarquia assumiu a vontade em “aumentar o potencial criativo e inovador das empresas e proporcionar um horizonte profissional atrativo para os jovens”, fazendo referência ao funcionamento de um curso de Engenharia Aeroespacial, nas futuras instalações da Fábrica do Arquinho.
Guimarães volta, assim, a deixar a sua marca cultural e da criatividade, afirmando-se como o território têxtil através da Bienal que está a decorrer com iniciativas em vários espaços públicos da cidade até 25 de outubro. Nesta visita, o Primeiro-Ministro teve ainda a oportunidade de conhecer o projeto do Bairro C, que pretende reinterpretar o território abrangido pela Zona de Couros.