Professor da UMinho preside Confederação Europeia de Jovens Empresários
José Campos e Matos, professor da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, acaba de ser eleito presidente da Confederação Europeia de Associações de Jovens Empresários (YES For Europe). Esta entidade fundada em 1988 e com sede em Bruxelas (Bélgica) junta 100 mil membros até aos 45 anos de idade, provenientes de 21 países, e representa a União Europeia em organismos internacionais, como a Aliança G20 dos Jovens Empresários.
“É uma honra liderar a YES For Europe. É uma oportunidade, numa fase em que Portugal preside a União Europeia e em que se discute o Plano de Recuperação e Resiliência, mas é também um desafio, para fazer levar a voz da nova geração de empresários às mais altas instâncias das instituições europeias, afirmando as suas iniciativas, as redes de contactos e os projetos”, diz o português, que sobe de vice-presidente para o posto ocupado até aqui pelo turco Gürkan Yildirim. O cargo reconhece também o longo trabalho realizado nesta área em Portugal, nomeadamente pelos empresários, pela ANJE e pelas academias, como a UMinho, acrescenta.
O responsável elogia a política da UE na proteção às start-ups inovadoras, muitas delas nascidas na crise da zona euro e agora alvo do contexto pandémico, mas ainda há muito a fazer: “Há linhas de apoio, crédito com taxas perto do zero, e até candidaturas a avanços tecnológicos para estas PME competirem com congéneres de determinadas regiões do mundo, pois precisamos da Europa mais unida do que nunca”, refere. O principal projeto de José Campos e Matos será apoiar a mobilidade dos jovens empresários dentro e fora da UE. Por outro lado, pretende-se que todas as associações de jovens empresários se consigam ouvir e apoiar a Europa neste período de recuperação pós-pandemia.
O professor defende uma maior aproximação do mundo empresarial às escolas e universidades, porque “é isso que permite o pensamento crítico, a inovação e a competitividade”. Reconhece que ser empreendedor não é para todos. “Por exemplo, exige coragem de arriscar, conhecimento técnico e do mercado ou saber comunicar em equipa e para o exterior”, considera o engenheiro, que tem também sensibilizado em fóruns e nos media para a recuperação gradual da economia e da confiança dos cidadãos.