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Projeto na área do agroalimentar coloca o IPVC entre “os melhores dos melhores” ao nível europeu

Apoiar a transição para dietas saudáveis produzidas por sistemas alimentares saudáveis é o objetivo do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) com o projeto FEAST, que foi aprovado pelo Horizonte Europa Pilar II – Cluster 6: Alimentação, bio economia, recursos naturais, agricultura e ambiente, “Farm to fork”. “Entrar num projeto europeu e num consórcio desta robustez científica apresenta o IPVC à Europa como uma instituição de ensino superior claramente na vanguarda da inovação, investigação e do desenvolvimento nacional”, aplaude Ana Teresa Oliveira, investigadora do CISAS e responsável pelo projeto, assumindo o “orgulho” de estar “lado a lado com os melhores dos melhores” ao nível europeu.

 
IPVC Edifício

O FEAST (Food systems that support transitions to hEalthy and sustainable dieTs) pretende catalisar “uma justa transição para um Sistema limentar ‘Win-Win-Win-Win’ que perspetiva grandes ganhos para as pessoas, para o planeta, para o setor público e o setor privado, promovendo investigação e intervenção nos sistemas agroalimentares que suportam as transições para dietas mais saudáveis e sustentáveis”, destaca a investigadora responsável.

 
 

A cada uma das 19 calls do Horizonte Europa Pilar II – Cluster 6: Alimentação, bioeconomia, recursos naturais, agricultura e ambiente, “Farm to fork”, nas várias calls (HORIZON-CL6-2021-FARM2FORK-01), concurso coordenado pela Comissão Europeia, concorreram vários consórcios.

No tópico em que o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) está, concorreram 20 consórcios, tendo sido aprovadas apenas duas propostas, sendo uma delas o projeto FEAST. Apenas 18 instituições portuguesas conseguiram captar financiamento, sendo que destas 18, apenas três são instituições do ensino superior (Politécnico de Viana do Castelo, Universidade de Aveiro e o Instituto Universitário de Lisboa). “Isto significa que o Politécnico de Viana do Castelo vai coordenar em Portugal um projeto científico de elevada competitividade e qualidade internacional”, evidencia Ana Teresa Oliveira, que conta ainda na equipa com as investigadoras Manuela Vaz Velho e Ana Sofia Rodrigues, do CISAS – Centro de Investigação e Desenvolvimento em sistemas agroalimentares e sustentabilidade do IPVC.

 
 

O projeto FEAST tem, nas palavras da investigadora, “uma componente multidisciplinar muito relevante e a área das ciências sociais e humanas tem um papel muito importante nesta nova abordagem da Comissão Europeia sobre a investigação e a capacitação do setor agroalimentar”.

De destacar que a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho também é parceira no projeto, que termina a 30 de junho de 2027, capacitando assim duplamente o território do Alto Minho.

 

O projeto, que já arrancou, foi aprovado com um orçamento de 11,9 milhões de euros. “Conseguir este financiamento europeu é muitíssimo difícil. Esta vitória tem uma importância enorme, já que integramos uma rede de 36 parceiros, entre empresas, universidades europeias e muitos atores políticos, e, por isso, é motivo de orgulho para nós. É algo extraordinário. Estamos lado a lado com os melhores e entramos numa rede científica de elevadíssima qualidade”, assegura ainda a responsável pelo projeto, referindo que a própria Agência Nacional de Inovação (ANI) já endereçou os parabéns ao Instituto Politécnico de Viana do Castelo “pelo excelente trabalho realizado no desenvolvimento de inovação para o setor agroalimentar”.

Co desenhar novas soluções com os intervenientes no sistema alimentar da EU

 

Utilizando uma Abordagem Multi-Actor, o FEAST “irá aproveitar as melhores práticas atuais e co desenhar novas soluções com os intervenientes no sistema alimentar da UE, incluindo diversos grupos vulneráveis”. Pretende-se assim identificar como podem ser apoiados e empoderados para facilitar e beneficiar da transição para um comportamento dietético saudável e sustentável a todos os níveis e em todos os sectores do sistema alimentar.

No projeto, o Politécnico de Viana do Castelo é responsável por um plano de trabalhos que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento e implementação para avaliar o impacto das empresas alimentares na sustentabilidade ambiental e na obesidade, realizando uma avaliação de base sobre a forma como as organizações em Portugal afetam o ambiente alimentar. Aqui pretende-se fazer recomendações preliminares sobre a forma como as empresas podem apoiar a transição para o comportamento dietético saudável/sustentável.

 

Contribuir para o desenvolvimento da metodologia de cartografia das políticas governamentais (incluindo orientações alimentares), que visem impulsionar a transição para dietas alimentares mais saudáveis e sustentáveis por todos os intervenientes no sistema alimentar, através da conceção e teste de estratégias de comunicação cientificamente informadas e abordagens de monitorização associadas, que possam ser utilizadas pelos decisores políticos, é uma das missões do projeto.

Com o FEAST espera-se, por isso, contribuir para o desenvolvimento de uma abordagem sistémica para identificar sinergias e tradeoffs entre domínios políticos relativos tanto à nutrição como à sustentabilidade, entre atores e entre níveis de jurisdição.

Capacitar os indivíduos a adotar comportamentos alimentares, escolhas e estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis, através de uma dieta baseada em estratégias com largo suporte científico e instrumentos dirigidos a todos os atores do sistema alimentar a nível dos Estados Membros, da UE e da comunidade internacional em geral também é outra das missões do projeto aprovado.

Com o FEAST pretende-se assim colaborar com os principais intervenientes nos sistemas alimentares europeus para identificar e/ou conceber e testar ferramentas inovadoras e eficazes, programas e estratégias, incluindo inovações sociais, que permitam aos consumidores fazer escolhas alimentares informadas que promovam a autogestão de comportamentos alimentares e estilos de vida saudáveis e sustentáveis.

Contribuir para o desenvolvimento da sustentabilidade agroalimentar, comportamento de consumo alimentar, inovação e desenvolvimento de novos produtos alimentares, gestão da cadeia alimentar é outro dos pontos a trabalhar.

O mapeamento e a monitorização de padrões de comportamento alimentar e dietas alimentares para a população em geral e para grupos vulneráveis, tendo em conta as diferentes geográficas, socioeconómicas, comportamentais, de género e culturais, integram ainda o plano de trabalhos referente a este projeto.

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