Prova de sabor sensibiliza para consumo de água filtrada nas escolas do Politécnico de Viana do Castelo
Depois da distribuição de 10 mil garrafas reutilizáveis em todas as Escolas Superiores, Serviços de Ação Social e Serviços Centrais e da colocação de nove estações de reenchimento a toda a comunidade académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), vai ser promovido, no âmbito do projeto Refill_H2O, uma prova de sabor de água filtrada por todas as escolas. A primeira ação está marcada para a semana de 21 a 25 de fevereiro, nas seis escolas do IPVC.
A distribuição gratuita de 10 mil garrafas pelo universo IPVC foi feita em finais de novembro do ano passado em parceria com a Federação Académica do IPVC e com as seis associações académicas de cada escola. https://youtu.be/JglrlUx5RKc
Agora no reinício do segundo semestre e até 31 de março serão levadas a cabo diversas atividades de sensibilização no âmbito do projeto Refill_H2O sendo a primeira a prova de sabores que pretende dar a conhecer as diferenças entre a água canalizada e a água filtrada. “A água filtrada passa por um sistema de filtragem inovador onde é purificada e desinfetada e esta prova de sabor tem exatamente o objetivo de dar a conhecer as diferenças entre a água canalizada e a água filtrada, sendo que a qualidade da água e o estado do sistema de filtragem são controlados periodicamente para assegurar elevados padrões de consumo. A água canalizada tem cloro adicionado para a sua desinfeção, que lhe dá um sabor caraterístico que satura as mucosas da cavidade oral e mascara os sabores, enquanto a água filtrada é leve e completamente insípida. É importante perceber a diferença entre ambas!”, explica António Curado, coordenador do projeto.
Aproveitando o regresso dos alunos aos campus para a atividade letiva do segundo semestre o projeto pretende começar a fazer a diferença na retirada do plástico de uso único da instituição, pelo que, alerta o coordenador do projeto, “todos aqueles que ainda não possuem garrafa, podem levantá-la nos bares de cada escola”.
Até 31 de março serão ainda disponibilizadas a toda a comunidade académica uma série de informações úteis sobre a utilização da estação de reenchimento e da devida utilização da garrafa, como por exemplo a desinfeção da mesma. “A garrafa fornecida está pronta a utilizar, não necessitando de desinfeção prévia. Ela foi sujeita a uma série de testes e é apta para uso alimentar. A estação de reenchimento tem um sistema de desinfeção da garrafa, pelo que esta não deve ser desinfetada em casa, muito menos estar sujeita a altas temperaturas. De destacar que a garrafa não está preparada para uso com água quente”.
Reenchimento custa 0,20€
Cada enchimento de 0.70 l de água filtrada de elevada qualidade custa apenas 0,20€. Para já os utilizadores contam com água filtrada normal ou fria. Em breve serão disponibilizadas outras opções como água com gás e aromatizadas.
As estações disponibilizam três métodos de pagamento: cartão institucional, tampa garrafa (associada à conta institucional) e multibanco/MBWay.
De evidenciar que a garrafa tem uma etiqueta RFID que pode ser associada ao cartão institucional, seguindo os passos indicados na estação de reenchimento. https://youtu.be/Yx7slTnA_MM
Com a não utilização de garrafas de uso único nos campus só no Politécnico de Viana do Castelo está a ser retirada cerca de uma tonelada de plástico por ano.
Projeto vai ser alargado a todas as escolas do Alto Minho
O projeto será depois divulgado com uma estação de reenchimento móvel junto de 38 mil alunos de 20 escolas básicas e secundárias, onde vão ser distribuídas garrafas Refill_H2O. Caso seja implementado em todas as escolas básicas e secundárias do Alto Minho vai permitir retirar mais de 10 mil toneladas de plástico de uso único dos oceanos. As ações de divulgação ficam a cargo da ÁREA Alto Minho – Agência Regional de Energia e Ambiente do Alto Minho, que também é copromotor do projeto. No verão, o projeto Refill_H2O chegará ainda às praias do Alto Minho, uma ação que contará também com uma estação de reenchimento móvel.
Afinal qual é a diferença entre água potável e água filtrada?
A água potável é a água que está presente em quase todas as habitações e que quase todos consumimos. Basicamente, a água recebe um tratamento adequado para abastecer residências. Deve ser sempre inodora, incolor e possuir alguns sais minerais que, dependendo da estação de tratamento, são mais ou menos adicionados. Normalmente, as estações de tratamento de água adicionam uma certa quantidade de cloro, dentro daquilo que é regulamentado.
Já a água potável filtrada tem entrado cada vez mais em casas e em empresas fomentando a saúde e redobrando os cuidados com a água potável. A água filtrada é um complemento à água potável, reforçando a sua limpeza. Trata-se de água tratada de forma mais eficiente e com mais qualidade, chegando assim da melhor forma possível ao nosso corpo, diminuindo ao máximo as probabilidades de ter qualquer problema de saúde devido à água.
IPVC vai contribuir para mudança na produção e consumo de plástico
O projeto Refill_H2O do IPVC foi considerado o melhor entre as 24 candidaturas ao Programa “ambiente, alterações climáticas e economia de baixo carbono”, promovido pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), tendo um financiamento a rondar os 150 mil euros para a redução do lixo marinho.
O IPVC conta com o parceiro New Water Product (NWP), que é o responsável, depois da fase de conclusão da data de execução do projeto, de fazer a promoção da solução desenvolvida nas outras instituições de ensino superior. De destacar que o Refill H2O IPVC é um projeto financiado pelo EEA Grants, no âmbito do aviso Small Grants Scheme #1 – Projetos para a prevenção e sensibilização para a redução do lixo marinho. O EEA Grants surge através do Acordo do Espaço Económico Europeu (EEE), assinado na cidade do Porto em maio de 1992, sendo que a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega são parceiros no mercado interno com os Estados-Membros da União Europeia.
Segundo dados da PORDATA, no ano 2018, existiam no Alto Minho aproximadamente 38139 alunos, estimando-se assim que com a replicação por todos os estabelecimentos de ensino deste território vai ser possível retirar, anualmente, mais de uma tonelada de garrafas plásticas de utilização única.