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Rui Rio: “Eu não consigo argumentar como é que posso ser útil”

Rui Rio saiu da sala onde discursou, ontem, sem saber se o PS teria a maioria absoluta. No entanto, assegurou que nesse cenário saía da liderança do partido. De postura resignada e num discurso curto em que justificou a derrota com o fracasso no apelo ao voto útil da Direita, o líder do PSD acabou por interromper a conferência de imprensa depois de vaias dos seus apoiantes direcionados aos jornalistas. Foi na sequência desse momento que acabou por admitir, primeiro em português e depois em alemão, que já não vê como pode ser útil ao partido.

 

“O primeiro responsável sou eu, quem é que havia de ser?”. A resposta de Rui Rio sobre a hecatombe eleitoral do PSD até parece simples, não fosse aquele o mesmo Rui Rio que, perante a derrota de 2019, culpou os críticos internos de não lhe darem tréguas, de as sondagens lhe atribuírem menos votos do que veio realmente a ter e de a conjuntura internacional beneficiar o Governo. Agora, o Rui Rio de 2022 foi encurralado pelo Rui Rio de 2019. Nesta campanha, os críticos internos mobilizaram-se, as sondagens puseram-no a disputar a vitória eleitoral e a conjuntura económica internacional é mais débil que em 2019. Solução? Assumir a culpa.

 
 

Assim, sem usar a palavra mágica da “demissão”, Rui Rio anunciou que não se mantém na liderança do PSD num cenário de maioria absoluta do PS: “Eu sou o primeiro a dizer que estando numa perspetiva de serviço público que é sempre o meu estilo eu não consigo argumentar como é que posso ser útil ao partido. Só se alguém conseguir argumentar, eu não consigo”.

fonte: JN

 
 

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