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Spin-off da UMinho cria software inovador para escavações arqueológicas

A Keep Solutions, spin-off tecnológica da Universidade do Minho, criou o primeiro software comercial do país para gestão de informação arqueológica. A aplicação, chamada “Alcaide”, foi desenvolvida o com apoio de arqueólogos de todo o país e tem suporte para diversas cronologias. O sistema permite projetar as várias fases da escavação e da análise de resultados, assente em boas práticas e dando suporte a intervenções em contexto de obra ou investigação.

 

Segundo o responsável pela criação do “Alcaide”, o engenheiro de sistemas e arqueólogo Gonçalo Ferreira, a ideia surgiu quando ainda era estudante de Arqueologia. ”Durante um projeto de escavação no Campo Arqueológico de Proença-a-Nova, senti que seria excelente haver uma ferramenta digital que permitisse poder dedicar mais tempo ao trabalho arqueológico e menos ao trabalho administrativo. Desenvolvi nessa altura uma aplicação rudimentar, que em pouco tempo se tornou essencial para o nosso trabalho, ao ponto de já não conseguirmos trabalhar sem ela”.

 
 

A nova plataforma permite definir a duração da campanha arqueológica, os sítios a intervir, os relatórios diários, o registo e a análise dos materiais e, ainda, quem carrega/vê a informação de campo e laboratorial. Com um clique, é possível saber o saco, a quadrícula e a unidade estratigráfica de onde dado artefacto ou amostra provém. Nos seis módulos ao dispor, pode-se igualmente reconfigurar planos e avisos, adicionar plantas interativas e conteúdos multimédia, exportar os dados em vários formatos e ter uma interface com parceiros externos. As questões logísticas também não foram esquecidas, desde colaboradores, requisições, dormidas, refeições, reparações, transportes e o dossiê financeiro associado. Para aceder aos conteúdos, em português ou inglês, o utilizador precisa apenas de um computador ou dispositivo móvel com ligação online e entrar no sistema.

As principais vantagens da ferramenta são a segurança na preservação da informação, a redução de tempo e esforço na execução das tarefas, a geração automática de plantas e matrizes e a produção de relatórios automáticos, inclusive para reportar à tutela. Junta-se também o acompanhamento dos processos em tempo real, a introdução de dados a partir de dispositivos móveis, a pesquisa de informação imediata e a normalização da terminologia, dos formulários e dos fluxos de trabalho.

 
 

A Keep Solutions reforça assim o seu posicionamento e os serviços de gestão e preservação de informação para o setor cultural e patrimonial. “Este é mais um reflexo do enorme crescimento desta empresa e um motivo de orgulho de toda a equipa”, refere o seu diretor comercial, Luís Miguel Ferros. A spin-off nasceu em 2008, em Braga, e tem fortes laços de cooperação com centros de investigação e departamentos da UMinho.

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