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“Tempus Fugit” é o novo ciclo de conferências da Braga Romana

A Braga Romana – Reviver Bracara Augusta decorre de 22 a 26 de Maio, celebrando os tempos áureos da fundação da cidade, com a recriação do quotidiano da urbe de Bracara Augusta. Na sua XX edição, o evento propõe um conhecimento mais aprofundado dos costumes, das influências, da cultura, das dinâmicas e do território vivido através de uma imersão na opulenta e eterna cidade com o ciclo de conferências “Tempus Fugit”.

 
Foto Município de Braga

A iniciativa arranca já este Sábado, 4 de Maio e decorre até 26 de Maio, com a organização de sete conferências, com oradores-convidados, historiadores e investigadores da história da romanização em Portugal.

 
 

Com entrada livre em todas as sessões, o acesso faz-se por ordem de chegada e é limitado ao espaço.

A primeira conferência que conta também com um workshop tem como tema “O que vestiam os romanos” e terá como orador convidado Miguel Carneiro da Equipa Espiral. A sessão realiza-se sábado, 4 de Maio, pelas 11h00, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

 
 

O povo Romano, como nos diz o poeta Virgílio na sua obra Eneida, ficou conhecido do mundo como GENS TOGATA, isto é, aqueles que vestem a toga, uma veste muito própria dos cidadãos masculinos romanos. No workshop serão abordadas as mais usuais formas de vestir e adornar características da civilização romana, bem como alguns exemplos característicos dos povos indígenas que habitavam o noroeste peninsular aquando a ocupação romana.

No dia 11 de Maio, pelas 10h00, tem lugar no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, a conferência intitulada “Um Olhar antropológico sobre a doação Bühler-Brockhaus”, com a participação de Jean-Yves Durand do Centro de Investigação da Universidade do Minho (CRIA – UMinho). Passear pela sala onde é exposta a notável colecção de arte antiga recentemente doada ao Museu D. Diogo de Sousa suscita comentários e interrogações, em diálogo com o público, acerca da nossa relação com a história e com o “património”, do papel dos museus, das políticas culturais.

 

Um dia antes do arranque da XX edição da Braga Romana, a 21 de Maio, irá realizar-se a conferência subordinada ao tema “Os meus filósofos e escritores – influências na arte e na vida”, pelas 18h00, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. A conferência contará com as presenças do linguista e escritor, José Moreira da Silva, da professora da ELACH e Universidade do Minho, Virgínia Pereira e do professor, Amadeu Santos.

No contexto da Braga Romana e na esteira do pensamento de Edgar Morin, pretende-se conversar sobre “Os Meus Filósofos” e Escritores, isto é, sobre o papel que cada filósofo e escritor, grego ou romano, desempenhou na vida de cada interveniente. Dar-se-á relevo, naturalmente, aos escritores romanos.

 

No dia seguinte, a 22 de Maio, e já em plena Braga Romana – Reviver Bracara Augusta, irá decorrer pelas 19h00, no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, a sessão dedicada à “Democracia: História e Influências”, com os oradores Fernanda Magalhães (HU. Minho), Patrícia Fernandes (EGU. Minho) e Steven Gouveia (U. Porto). Nesta conferência serão abordadas, sob várias perspectivas históricas e filosóficas, ideias sobre a democracia ao longo das diferentes épocas da humanidade. O foco será desde a Antiga Grécia, com uma ênfase especial na época do Império Romano, até o impacto dessas reflexões na actualidade.

O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa acolhe as restantes conferências. No dia 23 de Maio, pelas 19h00, aborda-se a temática da “Navegação e Comércio Romano na Rota do Eixo Atlântico”, com o historiador Rui Morais (FLUP/ CECH). As problemáticas tratam algumas questões que nos últimos anos tem sido objecto de estudo no âmbito da navegação e comércio romano na Fachada Atlântica do NW Peninsular.

 

Rui Morais é também o orador convidado para falar sobre “Bracara Augusta: uma cidade de imagens” que se realiza a 25 de Maio, pelas 10h00. As imagens são uma forma de linguagem, representam um sistema de “signos convencionais” que têm de ser lidos e interpretados pelo observador moderno de modo a tentar descortinar a “linguagem romana” e o seu significado. Nesta sessão, serão exploradas as expressões artísticas de Bracara Augusta principiando por uma breve alusão à sua fundação em época do Imperador César Augusto, até ao momento em que esta se tornou capital provincial e, mais tarde, lugar central do reino dos Suevos.

Por fim, no dia 26 de Maio, pelas 10h00, irá realizar-se a conferência intitulada “Bracara Augusta: Cidade e Território”, com a presença de Helena Carvalho (Uminho/Lab2PT/IN2Past).

Esta conferência pretende abordar os processos relacionados com a transformação do território em que se implantou a cidade romana de Bracara Augusta, tendo em vista estabelecer uma articulação entre o âmbito urbano e a nova paisagem rural que emerge da integração desta região no Império romano.

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