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Twitter ajuda a prever classificação final de concorrentes do “Big Brother”

Uma equipa ligada à Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) avaliou o impacto das publicações do Twitter na votação e na escolha dos vencedores de programas televisivos, nomeadamente reality shows como o “Big Brother”. Os cientistas concluíram que os comentários nesta rede social indiciam os concorrentes mais e menos valorizados, existindo grande correlação entre o sentimento associado ao que é escrito na rede social e o desfecho do programa. O estudo saiu na revista científica “International Journal of Advanced Engineering Research and Science”.

 
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Para esta investigação, foi implementada de raiz uma base de dados com 631.902 tweets sobre a edição do “Big Brother – A Revolução”, transmitido na TVI no final de 2020. Para tal, desenvolveu-se uma plataforma autónoma para agregar os textos, procedendo ao seu armazenamento, processamento e análise de sentimento em língua portuguesa. O sentimento associado a cada mensagem pode ser positivo, negativo ou neutro. Os tweets foram divididos, posteriormente, pelos respetivos concorrentes.

 
 

Os resultados indicam que os concorrentes mais comentados obtiveram também uma melhor classificação final no programa, com a vencedora Zena a liderar nos comentários associados a sentimento positivo. Já aqueles que se classificaram nos últimos lugares representaram no Twitter mais comentários associados a sentimento negativo. Para os autores do estudo, “este é mais um indicador da importância que esta rede social pode ter na previsão de grandes (e pequenas) decisões públicas”.

A escolha do Twitter para este trabalho deveu-se ao fácil acesso à documentação e à enorme quantidade disponível de comentários. A equipa da UMinho destaca ainda o facto de esta rede social permitir uma comunicação informal, onde o utilizador pode expressar, sem reservas, o seu “sentimento” sobre determinado assunto. Os cientistas alertam, no entanto, que estes dados não são representativos da população portuguesa, uma vez que o Twitter não é utilizado pela generalidade dos cidadãos.

 
 

A equipa lançou ainda o perfil twitter.com/analyticspt, onde, diariamente, se podia ver as palavras mais utilizadas naquela rede sobre o “Big Brother – A Revolução”. A investigação foi conduzida por Cecília Castro, do Centro de Matemática da UMinho, e por Marta Azevedo e José Pinheiro, ambos ex-alunos da ECUM.

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