UMinho desafia alunos do secundário a aprenderem Química com o telemóvel
A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), em Braga, recebe a 1 de junho, das 14h30 às 17h00, a primeira edição do “TriatlUM Químico”, com 32 alunos dos 10.º e 11.º anos de escolaridade da região a participarem em três atividades sobre química, recorrendo aos seus telemóveis. Este evento, organizado pelo Departamento de Química da ECUM, pretende adequar-se ao quotidiano digital dos jovens e cativá-los para esta área científica.
A competição contará com 16 equipas, de dois alunos cada, em três momentos: a aula aberta “A Química no rumo a um planeta mais sustentável”, sobre conceitos como sustentabilidade e química verde, devendo os jovens estar “muito atentos à apresentação”; a análise de cartazes sobre “temas da atualidade”; e a realização de experiências “do laboratório à indústria e à investigação”. No final, os alunos irão recorrer aos seus smartphones para responder a um conjunto de questões. A equipa vencedora terá como prémio duas inscrições no programa pré-universitário “Verão no Campus”, que se realiza de 18 a 22 de julho na UMinho. Os alunos inscreveram-se individualmente para o “TriatlUM Químico” e estão “muito motivados”, explica a professora coordenadora, Dulce Geraldo.
Incentivar os jovens para a Química
Com esta iniciativa pretende-se demonstrar a importância da Química no quotidiano e desmistificar a sua ligação a fatores negativos. “Quando se fala em poluição, por exemplo, só a Química tem ferramentas capazes de encontrar soluções, investigando processos mais sustentáveis ou promovendo a reciclagem de polímeros e de baterias, entre outras opções”, avança a docente. Por outro lado, pretende-se refletir o mundo da Química nas suas várias facetas e dar a conhecer aos alunos as saídas profissionais. Esta área “tem uma elevada empregabilidade”, como na indústria farmacêutica, cosmética, automóvel, dos pneus, alimentar, têxtil, corticeira ou de tratamento e valorização de resíduos, permitindo ainda enveredar pela investigação e pelo ensino.
Apesar disso, a procura pelo curso de Química tem descido nas universidades nacionais e internacionais. Esta situação, segundo Dulce Geraldo, pode ser explicada nomeadamente porque os alunos optam, no 12.º ano de escolaridade, por trocar a Química por “outras disciplinas que não exigem tanto esforço e onde normalmente conseguem ter melhores classificações”. Para contrariar esta tendência, a UMinho tem reforçado as ações de divulgação junto dos mais jovens, com visitas às escolas e uma maior abertura à sociedade. Está já agendada para 9 de julho a atividade “A Química sai à rua”.
O “TriatlUM Químico” é também dinamizado pelas professoras Alice Dias, Ana Paula Esteves, Maria José Alves, Sameiro Gonçalves e Sílvia Lima.