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UMinho é o principal ator na transferência de conhecimento em Portugal

UMinho é o principal ator na transferência de conhecimento em Portugal

 

Estudo da Agência Nacional de Inovação acrescenta que a UMinho liderou o nível de investimento no âmbito do QREN e Portugal 2020

 
 

A Universidade do Minho é a instituição que tem o maior número de laços com centros tecnológicos e interfaces em Portugal. A confirmação está no estudo “Redes e Dinâmicas de Transferência de Conhecimento em Portugal”, da Agência Nacional de Inovação (ANI). A UMinho surge com 118 laços ou “medidas de centralidade”, seguindo-se as universidades de Coimbra (104), Aveiro (95) e Porto (82). A “medida de centralidade” representa o grau de controlo de um ator sobre a rede, pois por ele passam mais fluxos e caminhos curtos entre os nós da rede. O top 10 da lista é dominado por instituições de ensino, salvo as empresas de metalomecânica Tegopi (6º lugar) e de charcutaria Primor (9º).

“A excelência da investigação da UMinho tem sido reconhecida e 28 dos seus 32 centros de I&D foram avaliados com Excelente e Muito bom pela tutela”, afirma o vice-reitor para a Investigação e Inovação da UMinho. Eugénio Campos Ferreira frisa que esta academia tem no seu ADN a preocupação com a transferência do conhecimento e a sua valorização económica e social, através de parcerias com empresas, municípios e agências governamentais, do licenciamento de propriedade industrial e da promoção da cultura do empreendedorismo, de spin-offs e de ciência aberta. A UMinho tem cerca de 500 projetos científicos em curso, incluindo o maior projeto universidade-empresa do país, que supera os 100 milhões de euros e é realizado com a Bosch, incidindo na condução autónoma e na fábrica do futuro.

 
 

O estudo da ANI, realizado pela consultora EY-Parthenon, revela ainda que a UMinho surge como o centro de saber nacional com o maior nível de investimento nos programas comunitários QREN e Portugal 2020. Em concreto, a UMinho obteve 84 milhões de euros (24% do total) para 151 projetos em 2007-2020, seguindo-se as universidades do Porto (45.5 milhões de euros, 13%), Aveiro (40 milhões de euros, 11.5%) e Coimbra (30 milhões de euros, 9%). “Contribuímos de forma ativa, diversificada e comprometida para o progresso da sociedade”, refere Eugénio Campos Ferreira.

Forte ligação económico-social

 

Estudos recentes mostram o papel desta academia minhota como motor de inovação do país e com forte ligação ao tecido económico-social. O último “Barómetro Inventa”, da consultora Inventa International, coloca a UMinho como líder nacional nos pedidos de “famílias de patentes” (44), secundada pela Universidade do Porto (32) e Novadelta (28). A lista agrega os registos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, do Instituto Europeu de Patentes, no Instituto Norte-Americano de Marcas e Patentes e do Instituto Chinês de Patentes.

Uma investigação do professor Fernando Romero concluiu que a UMinho é a que tem um maior número de patentes aproveitadas e rentabilizadas pelas empresas, ou seja, cujas patentes têm impacto significativo na economia. E o “Diagnóstico do Sistema de Investigação e Inovação: desafios, forças e fraquezas rumo a 2020”, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, concluiu que a UMinho já em 2013 liderava o volume de colaborações com interfaces e centros tecnológicos, mostrando a sua influência regional e nacional.

 

Criada há 47 anos em Braga e Guimarães, a Universidade do Minho possui cerca de 20.000 alunos (15% são estrangeiros) em 220 cursos de 12 Escolas/Institutos, perto de 2000 professores e investigadores e mais de 700 técnicos. Produz 10% da ciência nacional e está ligada a diversos interfaces, laboratórios colaborativos e associações científicas. Faz parte das 500 melhores universidades do mundo no “Ranking de Xangai” e do top 100 mundial em sustentabilidade no “UI GreenMetric World University Rankings”.

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