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UMinho organiza conferência internacional sobre mulheres, artes e ditadura

O Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM) promove a 18 e 19 de novembro a “Conferência Internacional WomanArt – Mulheres, Artes e Ditadura”, no campus de Gualtar, em Braga, e em formato online. A sessão de abertura é esta quinta-feira, às 9h00, no auditório B1, com a coordenadora do projeto científico “WomanArt” e professora da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da UMinho, Ana Gabriela Macedo.

 
Universidade do Minho

O programa prevê três dezenas de oradores de oito países, como investigadores das universidades de Oxford (Reino Unido), Nova Iorque (EUA), Brasília (Brasil) e Witwatersrand (África do Sul), mas também artistas visuais, realizadoras e escritoras. O evento tem um programa cultural vincado. No primeiro dia vai ser exibido o áudio-documentário “No escuro e à escuta”, de Sofia Saldanha (17h45, auditório B1 – Gualtar) e o documentário “Natureza morta”, de Susana Sousa Dias (18h30, auditório B1 – Gualtar), ficando para o segundo dia o filme “Deslembro”, da realizadora brasileira Flávia de Castro (21h30, Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva).

 
 

Luca Argel canta investigação sobre história política do samba

Entre os destaques está também o músico e musicólogo brasileiro Luca Argel, que apresenta esta quinta-feira, às 21h30, no salão medieval da Reitoria da UMinho, o concerto de guitarra e conferência cantada “Samba de Guerrilha”, nome do seu último álbum conceptual. Vai cantar o resultado de uma investigação continuada sobre a história política do samba, lembrando os “protagonistas esquecidos” da luta contra a escravatura e a ditadura militar, além de homenagear os intérpretes que tentaram fazer frente ao racismo estrutural do país. A entrada é livre, limitada à capacidade do espaço.

 
 


Luca Argel nasceu no Rio de Janeiro em 1988 e vive no Porto. É licenciado em Música pela UNIRIO e mestre em Literatura pela Universidade do Porto. Lançou quatro álbuns e é vocalista e compositor de grupos como “Samba Sem Fronteiras”, “Orquestra Bamba Social” e “Ruído Vário”, este último com a cantora Ana Deus. Publicou livros de poesia no Brasil, em Espanha e em Portugal, um dos quais semifinalista do Prémio Oceanos 2017. Entre 2016 e 2019 assinou as rubricas “Samba de Guerrilha”, na Rádio Universitária do Minho, e “Boi Com Abóbora”, na Rádio Nova.

Sobre o projeto WomanArt

 

Realizado pelo Grupo de Investigação em Género, Artes e Estudos Pós-coloniais do CEHUM, o projeto “WomanArt” estuda a História recente e seus reflexos sociais e ideológicos. Em especial, foca manifestações das artistas e ativistas, explorando paralelos entre o Estado Novo (1933-74) e a Ditadura Militar brasileira (1964-85), que recorreram à violência e ao silêncio. Mostra, ainda, como, nas artes contemporâneas, a memória da ditadura e do colonialismo é inspiradora e pedagógica para as novas gerações pensarem a opressão e a desumanidade.

O “WomanArt” já desenvolveu, desde 2019, diversas atividades científicas e culturais, como duas edições de cinema, um workshop, mais de 30 seminários, uma oficina de escrita criativa, uma masterclass e um curso breve. O projeto é apoiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Tem o site oficial em ceh.ilch.uminho.pt/womanart.

 

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