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Universidade do Minho criou um andarilho inteligente

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) apresenta esta sexta-feira um andarilho inteligente, para melhorar a locomoção dos doentes e a terapia de reabilitação física. A inovação, já distinguida pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, envolve ainda o Hospital de Braga e as empresas OrthosXXI e Tecnicunha, sendo cofinanciada pelo Compete 2020.

 

“Esta tecnologia 100% portuguesa permite melhorar a estabilidade e a marcha patológica do paciente, além de monitorizar o seu estado físico, apoiando assim os terapeutas numa reabilitação eficaz e inteligente”, explica a coordenadora do projeto, Cristina Santos, esperando que o conceito desperte interessados e sirva a sociedade. Esta professora do Departamento de Eletrónica Industrial da EEUM vai explicar na apresentação, a decorrer online a partir das 9h30, as descobertas técnicas e terapêuticas ligadas àquela inovação e ainda conversar com médicos, terapeutas e utilizadores do novo andarilho. A iniciativa prevê igualmente intervenções de Filipe Soutinho, diretor-geral da TecMinho, Sofia Couto, gestora de projetos da Agência Nacional da Inovação, Francisco Silva, diretor-geral da Orthos XXI, e António Cunha, gerente da Tecnicunha.

 
 
Andarilho

“O aparelho permite uma maior segurança mesmo nos casos mais difíceis, em que, por falta de soluções estáveis, os pacientes acabam por ser indicados para cadeiras de rodas”, refere Cristina Santos. A estabilidade e diferenciação deste “smart walker” é conseguida através da inteligência artificial e de um design próprio, garantindo menor probabilidade de incidentes a quem padece de descoordenação dos movimentos ou ataxia. Permite também vários contextos de utilização: em modo manual, com total controlo do utilizador; com controlo à distância por outrem, como por exemplo monitorizado e conduzido pelo fisioterapeuta; em modo pré-programado/autónomo, com meta pré-estabelecida, ajustando-se no percurso e desviando-se de eventuais obstáculos; e em modo misto, sendo conduzido pelo utilizador mas com alarmes a avisar os obstáculos, o afastamento corporal ou eventuais riscos.

Outra potencialidade deste equipamento multifuncional é realizar o apoio ao diagnóstico através da quantificação e análise da marcha. Ou seja, através de um sistema de sensores são recolhidos dados posturais e gestuais, permitindo estabelecer padrões para posteriores avaliações médicas e terapêuticas. Este projeto, designado “EML – Equipamento Multifuncional de auxílio técnico à Locomoção”, envolveu engenheiros eletrotécnicos, informáticos, biomédicos e clínicos. Teve a sua origem no Centro Algoritmi, evoluindo depois no Centro de Investigação em Microssistemas Eletromecânicos (CMEMS), ambos na UMinho, em Guimarães. A inovação foi validada nos serviços de Ortopedia e de Reabilitação do Hospital de Braga e no Centro Clínico Académico, tendo sido alvo de teses de mestrado e doutoramento em Engenharia Biomédica.

 
 

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