“Vejo a economia a recuperar depressa”, afirma João Bento
O presidente executivo dos CTT afirmou, em declarações à Lusa, que vê a economia portuguesa “recuperar depressa” e defendeu que é preciso “manter uma preocupação ativa com as camadas mais desprotegidas da sociedade”.
Questionado sobre quando prevê a retoma económica do país, João Bento salientou que “na medida que em as causas estejam confinadas, a recuperação” vai avançar depressa.
“Vejo a economia a recuperar depressa”, disse João Bento.
“Acredito que, em particular, o programa de vacinação e a nova coordenação que foi posta ao serviço da sociedade portuguesa — e com isto felicito o coordenador — dá uma confiança de que as coisas vão estar a correr bem”, prosseguiu o gestor, salientando que se espera ter 60% da população vacinada em junho.
“Correndo como se espera, estaremos provavelmente a sair do verão com imunidade do grupo”, considerou.
Agora, “o que é que me preocupa, aquilo que porventura deve preocupar todos os portugueses, é que a crise, pela velocidade com que se instalou, teve um impacto de erosão social muito particular no que diz respeito ao emprego e às camadas da população mais desfavorecidas que deixa uma boa parte das pessoas menos protegidas”, apontou o presidente executivo dos CTT.
“Acho que vamos ter de encontrar mecanismos, quer pela ação governativa, quer pela ação das empresas, que possam no fundo ajudar a que esses portugueses voltem rapidamente a participar ativamente na economia”, sublinhou.
No caso dos CTT, “fizemos um esforço grande”, sendo um serviço essencial, a empresa esteve sempre a operar, mantendo todos os postos de trabalho, disse.
“Vejo que os CTT podem continuar a desempenhar um papel relevante, porque há vários traços de alteração significativa dos hábitos, mas se há um que já vinha de trás e foi apenas acelerado e que está para ficar é a forma diferente como compramos e como o comércio se desenvolve e, para isso, é preciso estar nessa cadeia”, acrescentou João Bento.
“Somos a única entidade em Portugal capaz de apoiar as empresas portuguesas em toda a cadeia, desde a publicidade, à criação da loja, aos pagamentos, à logística, à entrega, às devoluções” e “estamos empenhados em participar nesta recuperação”, sublinhou.
Sobre se a recuperação acontecerá ainda este ano, João Bento afirmou: “Acho que vai começar a sentir-se este ano e vai continuar durante o ano que vem”.
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