Covid-19. Vacina da Pfizer/BioNTech aprovada no Reino Unido
A vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech foi aprovada no Reino Unido, tornando-se no primeiro país a ter esta vacina aprovada. A notícia é avançada pelo The Guardian, que escreve que o país se torna no primeiro do ocidente a licenciar uma vacina contra este novo coronavírus. O Governo britânico adianta que a vacina estará disponível na “próxima semana”.
O Governo britânico anunciou hoje a aprovação da vacina contra a covid-19 produzida pela Pfizer e pela BioNTech, adiantando que estará disponível na “próxima semana”. O país torna-se, assim, no primeiro do mundo com esta vacina contra o novo coronavírus e o primeiro do ocidente com uma vacina aprovada.
“O Reino Unido é o primeiro país do mundo a ter uma vacina clinicamente aprovada”, disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, na rede social Twitter.
A luz verde das autoridades do Reino Unido “segue-se a meses de testes clínicos rigorosos e extensa análise de dados por especialistas da MHRA que concluíram que a vacina atendeu aos padrões estritos de segurança, qualidade e eficácia”, disse o porta-voz do ministério da Saúde britânico.
Os resultados dos testes em grande escala desta vacina mostraram 95% de eficácia.
O país “está pronto para começar a vacinação no início da próxima semana”, disse Hancock.
Com a aprovação desta vacina norte-americana, o jornal britânico noticia que fica assim aberto o caminho para a imunização da população, começando com os cidadãos em situações de risco.
A vacina recebeu autorização para uso de emergência pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, em inglês). O governo deu o poder a esta instituição de aprovar a vacina, sob regulações especiais antes de 1 de janeiro, que é quando será totalmente responsável pela autorização de medicamentos no Reino Unido depois do Brexit.
O presidente e executivo da Pfizer falou da autorização para uso de emergência como um “momento histórico na luta contra a Covid-19”. Albert Bourla acrescentou: “Esta autorização é um objetivo para o qual temos vindo a trabalhar desde que declarámos que a ciência ia ganhar, e aplaudimos a MHRA pela sua capacidade de conduzir uma investigação cuidada e tomar ações atempadas para ajudar a proteger as pessoas do Reino Unido”, disse, citado pelo The Guardian.
“À medida que antecipamos mais autorizações e aprovações, estamos focados em continuar com o mesmo nível de urgência para fornecer com segurança uma vacina de elevada qualidade a todo o mundo. Com milhares de pessoas a ficarem infetadas, todos os dias são importantes na corrida coletiva para acabar com esta pandemia devastadora”, acrescentou.
Esta vacina é armazenada a -70ºC, mas as empresas garantem que pode estar até cinco dias num frigorífico, a uma temperatura entre -2ºC e -8ºC.
A Pfizer disse que começaria imediatamente a enviar a vacina com stock limitado para o Reino Unido, mas as doses são escassas e inicialmente serão racionadas até que mais vacinas sejam fabricadas nos primeiros meses do próximo ano.
Embora o Reino Unido tenha encomendado vacina Pfizer suficiente para 20 milhões de pessoas, não está claro quantas vão chegar até o final do ano. São necessárias duas doses com intervalo de três semanas para proteção.
O The Guardian escreve ainda que os grupos com prioridade para a vacinação no Reino Unido são os utentes e funcionários de lares, que podem não conseguir deslocar-se a um centro de vacinação. Em seguida, serão as pessoas com mais de 80 anos e os profissionais de saúde.
A Pfizer e a BioNTech garantem que vão conseguir fornecer até 50 milhões de doses a todo o mundo ainda esta ano, e até 1,3 mil milhões de doses até ao final de 2021.
Os Estados Unidos encomendaram 100 milhões de doses desta vacina. A Europa, que adquiriu 200 milhões de doses, deverá obter aprovação da vacina nas próximas semanas. Os EUA e a União Europeia também estão a analisar a vacina da Pfizer e uma vacina semelhante feita pela concorrente Moderna Inc.
Os reguladores britânicos também estão a considerar outra vacina feita pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, mas o primeiro-ministro, Boris Johnson, já alertou que primeiro o país deve “navegar por um inverno rigoroso” de restrições para tentar conter o vírus até que haja vacina suficiente para todos.
In: Lusa/Sapo