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Reabilitação da Torre da Alfândega reforça Guimarães como cidade que preserva o seu património

Na noite deste sábado, 3 de agosto, teve lugar a cerimónia de inauguração da reabilitação da Torre da Alfândega, em pleno coração da cidade Guimarães, um monumento nacional pleno de simbolismo para Portugal e para os Vimaranenses, e onde se pode ler “Aqui Nasceu Portugal”. O projeto de arquitetura é da autoria dos arquitetos Margarida Morais e Miguel Melo, técnicos do Município, e vem permitir que aquela que é a única torre que restou da muralha da cidade medieval possa ter fruição pública.

 

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, lembrou a importância da preservação do património, e o simbolismo que a Torre da Alfândega tem para Guimarães e para o país. Sem esquecer o papel que protagonistas políticos e da sociedade civil tiveram na reabilitação que agora se concretiza, como foi o caso, durante o mandato de 2013-2017, da ação de Torcato Ribeiro e José Bastos, ambos vereadores do Executivo Municipal, o presidente da Câmara agradeceu a toda a equipa de técnicos municipais e das empresas que estiveram envolvidas nas duas fases da reabilitação, que permitiram que agora a Torre passe a ser visitável e, dentro em breve, detentora de um núcleo museológico que está a ser trabalhado pelos técnicos da cooperativa A Oficina.

 
 

“O sentimento que todos temos é de que esta obra foi muito bem conseguida. Uma obra muito importante que, hoje, permite realizar uma leitura histórica da importância da Torre da Alfândega, outrora preocupação de ilustres vimaranenses como o Padre António Caldas e José Maria Gomes Alves. É uma reabilitação que eleva o orgulho vimaranense”, disse o edil. Domingos Bragança agradeceu ainda o papel importante da CCDR-N na recuperação de um monumento nacional que representa e interpreta, a par da muralha da Avenida Alberto Sampaio, o todo da outrora elipse da cerca da cidade, com as suas seis torres e quatro portas, que durou cerca de cinco séculos de história da cidade, desde do início da sua construção, nos sécs. XIII/IV, até aos sécs. XVIII/ XIX, tempo da sua parcial ou quase total demolição (Cf. CALDAS, PADRE ANTÓNIO PEREIRA (1996). Guimarães – Apontamentos para a Sua História. Câmara Municipal: Sociedade Martins Sarmento).

António Cunha, presidente da CCDR-N, regozijou-se com a possibilidade de estar presente no que considerou “uma descoberta”. “Enquanto responsável pela gestão dos fundos do Portugal 2020, que financiaram a reabilitação (a 2ª fase custou 1.441.728,08€ + IVA), é muito reconfortante ver o que aqui está a acontecer”, disse. Para António Cunha, Guimarães habitou as pessoas a mostrar como se faz bem as coisas, neste caso como se integra Património com fruição pública, no que considera um espaço que combina história e modernidade, de visita obrigatória.

 
 

A Torre da Alfândega, que é Monumento Nacional, pode ser visitada, até ao final das Festas da Cidade e Gualterianas, das 10h00 às 00h00. A partir da próxima terça-feira, entre as 10h00 e as 18h00. A entrada é gratuita.

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