Aliança Democrática recusa “país de baixos salários”
O cabeça de lista da Aliança Democrática no distrito de Braga, Hugo Soares, defendeu hoje um choque fiscal e administrativo, de forma a “libertar as empresas e as pessoas de um verdadeiro garrote que prejudica o desenvolvimento económico e os rendimentos das famílias”.
“Portugal não pode estar condenado a ser um país de baixos salários. É preciso libertar recursos, às empresas e ao próprio Estado e instituições, para que se baixe os custos de atividade, sobretudo na burocracia e na carga fiscal, para que se possa pagar melhores salários e promover mais investimento”, defendeu Hugo Soares.
O regresso da tendência de aumento do desemprego e a instabilidade dos mercados estão a agravar a preocupação de empresários e investidores, conforme constataram os candidatos da AD, no balanço de um conjunto de visitas a várias empresas – como a ‘Meatrading – Comércio de Carnes’ em Braga, a ‘Caixiave’ em Famalicão, a ‘BarcelBordados’ e a ‘Eletrocelos’ em Barcelos.
“Queremos uma economia e uma iniciativa privada fortes, sem burocracias, sem estar amarrada e agarrada a uma sucessão de procedimentos múltiplos, a preencher papéis que muitas vezes não servem para nada. Vamos fazer um combate feroz contra as taxas e taxinhas”, assumiu Hugo Soares.
Acompanhado por uma comitiva que integrou os deputados Carlos Reis e Jorge Paulo Oliveira, assim como os candidatos bracarenses Ana Santos e Joaquim Barbosa, o líder da candidatura da AD e secretário-geral do PSD reiterou o compromisso na redução de impostos sobre trabalho e investimento, com responsabilidade e equilíbrio orçamental.
“Portugal tem que ter as pessoas a poder viver melhor. Além da melhoria progressiva do salário mínimo, que nunca pode ser posta em causa,temos de garantir salários e rendimentos mais elevados para todos”, vincou, assumindo a oposição ao Partido Socialista, “que defende uma sociedade de baixos salários e dependente do Estado”.
A Aliança Democrática propõe a redução do IRS para todos, com redução das taxas, especialmente para a classe média a fixação de um teto máximo de 15% no IRS para os jovens até aos 35 anos. O IRC terá uma redução gradual para 15% em 2 pontos percentuais ao ano. O objetivo é garantir um crescimento do PIB próximo de 3,5% no final desta legislatura e 4% na próxima.
“É uma emergência reduzir a pobreza, especialmente dos trabalhadores e pensionistas. Para isso, precisamos de uma economia competitiva, a crescer de forma sustentada acima da média europeia, para sairmos da cauda dos países da União Europeia, onde até já estamos atrás de países do Leste. Precisamos de fixar os nossos talentos e promover uma economia de calor acrescentado”, assumiu Hugo Soares, em defesa do programa eleitoral da Aliança Democrática.