Arte dos utentes da APPACDM homenageia tradições seculares de Vila Verde
A Festa das Colheitas – XXXI Feira Mostra de Produtos Regionais abre as portas amanhã de manhã, mas já marca a agenda de atividades em Vila Verde pelas mãos e pela criatividade dos utentes do complexo da APPACDM – Associação Portuguesa dos Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental.
A “Maria Pipa”, uma grande boneca envolta por temas associados às colheitas e ao mundo rural, pode ser apreciada na Loja de Interativa de Turismo, no centro de Vila Verde. A exposição inclui materiais e registos fotográficos do trabalho artístico desenvolvido pelos utentes da APPACDM.
Na abertura da exposição, a presidente da Câmara Municipal, Júlia Rodrigues Fernandes, agradeceu “o trabalho extraordinário e o carinho” da instituição e dos seus utentes em mais uma participação que “valoriza e enriquece momentos importantes do concelho”
“Todos juntos fazemos coisas tão bonitas! É uma mais-valia podermos abrir portas para mostrar estas peças, obras de arte belíssimas, que muito apreciamos e nos dizem sobre os bons produtos do campo do artesanato e do melhor que há no mundo rural”, afirmou Júlia Rodrigues Fernandes.
A cerimónia contou com os responsáveis da APPACDM, o ex-presidente da Câmara António Vilela e autarcas como a vereadora Michele Alves e o presidente da Junta de Vila Verde e Barbudo, a par de formandos da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV).
Os autores dos trabalhos expostos explicaram a criação da “Maria Pipa”, como “uma homenagem à ruralidade e às tradições seculares de Vila Verde”.
Ao envolver pessoas com deficiência intelectual e outras incapazes, a criação de um objeto artístico torna-se num “instrumento terapêutico, de inclusão e educação”. É também uma oportunidade para “aproveitar a diversidade de recursos humanos, ideias e materiais disponíveis na comunidade local”. Desta forma, “os criadores têm a oportunidade de vivenciar um maior número de experiências em arte, integrando aspetos lúdicos e de prazeres que se vivenciam durante a atividade artística”.
Os responsáveis sublinham que “a capacitação e o desenvolvimento das competências pela arte permitem melhorar a autoestima, a perceção do mundo, assim como a integração social e o conhecimento em si mesmo”. Por isso, assumem como “missão” a presença na vida da comunidade, dando também “visibilidade à pessoa com deficiência intelectual ou incapacidade”.