Braga evoca autores galegos Carvalho Calero e Xela Arias
A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS), em Braga, acolhe até final do mês a iniciativa cultural “Letras Galegas 2021”, com uma exposição, uma atuação musical, um colóquio e uma conversa. O evento destaca os escritores galegos Ricardo Carvalho Calero (1910-1990), pai do “reintegracionismo linguístico” e primeiro catedrático de Língua e Literatura Galegas, e Xela Arias Castaño (1962-2003), a poeta rebelde e multifacetada que traduziu para galego gigantes como James Joyce, Charles Baudelaire, Jorge Amado e Camilo Castelo Branco.
A vida e obra de Carvalho Calero é evocada na exposição “A voz presente”, com uma dezena de painéis patente até dia 31, e ainda no colóquio desta quinta-feira, dia 20, às 18h00, com intervenções dos professores Gonzalo Constenla Bergueiro, da Escola Oficial de Idiomas de Santiago de Compostela, Álvaro Iriarte Sanromán e Carlos Pazos-Justo, ambos do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho. A sessão inclui uma atuação de M.J. Perez, finalista do concurso “Musicando Carvalho Calero”. A entrada é livre, tendo lotação limitada.
No dia 25, às 18h00, prevê-se uma conversa online sobre Xela Arias e a poesia galega, com a participação da presidente da Associação Galega da Crítica, María Xesús Nogueira, e dos escritores Nuria Vil, Vanessa Glemsel, Tiago Alves Costa, Hugo Milhanas Machado e Raúl Costas Pereira.
O Dia das Letras Galegas é assinalado a 17 de maio em todo o mundo, tendo destacado Xela Arias em 2021 e Carvalho Calero em 2020, cuja celebração foi em parte adiada para agora, devido à pandemia, como sucedeu em Braga. A abertura da exposição de Carvalho Calero na BLCS contou entre outros com o professor Carlos Quiroga, da Universidade de Santiago de Compostela, e um “momento gaiteiro” pela Escola de Música Tradicional de Ponte Velha. O programa de Braga é organizado pelo Centro de Estudos Galegos da UMinho, pela BLCS, pela Xunta da Galiza e pelo Município da Corunha.