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Cadetes do Exército Português em exercício de fogos-reais de artilharia em Vendas-Novas

Militares do 4.º Ano do Curso de Artilharia do Exército Português, no decurso de exercício táctico e de fogos reais, de 18 a 22 de Fevereiro de 2024, no polígono do Regimento de Artilharia N.º 5, em Vendas Novas, Évora, colocando uma espoleta com temporizador mecânico MTSQ-M564 num projéctil de artilharia de 155mm de alto-explosivo de fragmentação.

 
Foto via Exército de Portugal

A espoleta MTSQ-M564 (com as iniciais MTSQ a corresponderem a “Mechanical Time Super Quick”) permite realizar o chamado “tiro de tempos” onde, com o ajuste do temporizador mecânico, com um intervalo ajustável de 2 a 100 segundos, o artilheiro procura antecipar a detonação do projéctil face ao ponto de chegada terminal (impacto no terreno ou edificação), garantido um efeito de cobertura ou dispersão à vertical do mesmo ou num ponto anterior.

 
 

A espoleta M564 é activada, num primeiro momento, pela força centrífuga que tem lugar com a rotação do projéctil, que se inicia ainda no interior do tubo do obus. Tem um mecanismo de segurança temporal inicial (“Delay Arming Mechanism”, DAM) que leva a que a espoleta apenas seja efectivamente armada com uma demora – que a leva a percorrer uma distância inicial de cerca de 60 metros. Inicia-se então a acção do temporizador que irá conduzir o processo até ao ponto de rebentamento definido. Caso a espoleta tenha, entretanto, um impacto de contacto ela irá detonar. Tal como no caso de ser definido, por erro de cálculo ou de operação, um tempo superior áquele em que o projectil irá atingir o ponto de chegada terminal (ela irá detonar nesse mesmo impacto).

Junto ao joelho esquerdo da cadete que procede ao aperto da espoleta, está outro projéctil, ainda sem espoleta aplicada, e com a protecção de transporte ainda presente ao topo. Tratam-se de projécteis de alto explosivo de fragmentação, com uma massa de 43 kg contendo cerca de 7 kg de alto-explosivo TNT. À direita, estão os “containers” das respectivas cargas de propelente.

 
 

Estiveram envolvidas no exercício, que visou a consolidação e aplicação de conhecimentos dos cadetes em Técnicas, Tácticas e Procedimentos próprios da Arma de Artilharia, duas Secções de Bocas de Fogo com o Obus M114 155mm Rebocado (com um alcance operacional máximo de 15 km).


Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”

 

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