Carne Barrosã é a mais premiada das carnes autóctones nacionais
As Carnes da Montanha estiveram em destaque no 11º Concurso Nacional de Carnes Tradicionais Portuguesas, promovido pela CNEMA e pela Qualifica/oriGIN Portugal, que tem como objetivo premiar, promover, valorizar e divulgar os produtos tradicionais, genuínos e exclusivamente produzidos em Portugal. No total, arrecadaram 9 medalhas de ouro, que reafirmam a qualidade e excelência destas carnes de raças autóctones de sabor inigualável.
Nove produtos, nove medalhas de ouro. No total foram premiados: o lombo, o hambúrguer e as almôndegas de carne Barrosã, o lombo e o hambúrguer de carne Cachena da Peneda, o naco de carne Jarmelista, o lombo de carne Marinhoa, o lombo de carne Mirandesa e o lombo de carne Maronesa. A avaliação de cada produto foi feita em prova cega.
“É com muito agrado que vemos as nossas raças serem premiadas neste Concurso Nacional. Sabemos que trabalhamos com raças únicas no País, provenientes de Reservas da Biosfera da UNESCO, de Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial reconhecidos pela FAO, de Parques Naturais e do Mosaico Agroflorestal Douro e Minho, e isso reflete-se na qualidade das carnes que vendemos” afirma Idalino Leão, Administrador das Carnes da Montanha.
Em comum, todas estas carnes têm uma forte ligação à natureza e ao território, muitas delas detêm qualificação de Denominação de Origem Protegida (DOP), respeitando elevados padrões do bem-estar animal e de qualidade que asseguram o máximo de frescura desde o prado até ao prato.
Sete carnes com raça, sete sabores únicos: As Carnes da Montanha uma a uma
As Carnes da Montanha integram um total de sete raças de bovinos, altamente diferenciadas. A Barrosã é a mais premiada das carnes autóctones nacionais. Produzida na região do Barroso, classificada pela FAO como património Agrícola Mundial, esta carne destaca-se por ter uma cor rosada a vermelha escura, tenra, extremamente suculenta e muito saborosa.
Já a raça da Cachena da Peneda, situada na zona montanhosa do Alto Minho, é criada exclusivamente em regime de pastoreio, em prados situados a grande altitude. A carne é suculenta, ligeiramente húmida e bastante saborosa. Detém classificação internacional de Slow Food.
Com um modo de produção sustentável e biológico, em ambiente de montanha, a carne da raça Jarmelista, criada no distrito da Guarda, é um produto endógeno de elevado valor que tem um papel fundamental na preservação da biodiversidade. Esta carne é uma das rainhas da mesa beirã e destaca-se pela sua singularidade.
Por sua vez, a raça Marinhoa é criada na zona lagunar do Baixo Vouga. A carne apresenta grande suculência e tenrura, gosto acentuado, textura firme e consistência agradável à mastigação e, sobretudo, com aroma e sabor característicos, não demasiado intensos, absolutamente decorrentes do meio ambiente e da alimentação natural pastada livremente.
Criadas nas serranias do Marão, Alvão e Padrela, num modo de produção diferenciado e sustentável, em permanente contacto com a natureza, a raça Maronesa detém características distintivas. A carne tem um aroma simples e delicado, extremamente saboroso e suculento. Destaca-se por ser um produto com características sensoriais, nutritivas e de elevada qualidade.
Originária do Nordeste de Portugal, a carne da raça Minhota surpreende pelo sabor e composição e caracteriza-se por uma alta luminosidade, de tons rosados pálidos e um elevado índice de amarelo, próprio de animais não desmamados.
O saber fazer e as condições edafo-climáticas, fazem da carne Mirandesa um produto único de referência nacional e internacional. A famosa “Posta Mirandesa”, por exemplo, dispensa apresentações. De facto, esta carne tem qualidades organoléticas ímpares, destacando-se pela excecional tenrura e suculência, aromas e sabores.