Celebrações de Natal e de Ano Novo no Vaticano sem crentes
Dado o atual contexto de pandemia, já era de esperar que, este ano, as celebrações de Natal e passagem de ano fossem um pouco diferentes nas casas de famílias de todo o mundo. Onde também se vai viver um Natal e um Ano Novo diferente vai ser no Vaticano, informou ontem a Agência Católica de Notícias.
Pela primeira vez, as liturgias de Natal e de Ano Novo do Papa Francisco vão ser celebradas sem a presença de fiéis devido à pandemia. Estes rituais serão transmitidos através da internet.
Segundo uma carta enviada pela secretaria de Estado às embaixadas acreditadas junto do Vaticano, o Papa, de 83 anos, celebrará as missas da época do Natal “de forma privada”, onde inclusive não irá contar com a a presença de membros do corpo diplomático, que geralmente participam nas missas papais como convidados especiais.
Tipicamente, nesta altura do ano, o Vaticano deveria receber dezenas de milhares de turistas. Contudo, este ano é tudo menos típico.
Já na Páscoa, pela primeira vez, a bênção urbi et orbi do Papa, na varanda da Basílica de São Pedro, foi feita sem crentes a assistirem ao momento.
Tradicionalmente, o Papa celebra uma cerimónia e oração, a 8 de dezembro, na Praça de Espanha, em Roma, para assinalar a festa da Imaculada Conceição, e uma missa a 12 de dezembro para a festa de Nossa Senhora de Guadalupe.
Contudo, segundo o site do Vaticano, a programação das festividades de 2020 irá contar, em vez de uma missa a 8 de dezembro, com o Papa a conduzir o “Angelus”, em honra da Virgem Maria, na Praça de São Pedro, e, no dia de Natal, o sumo pontífice irá fazer a bênção urbi et orbi.
O Papa deve ainda fazer todos os seus discursos típicos do “Angelus” e realizar a audiência geral todas as quartas-feiras, exceto no Natal.
A Itália tem registado uma subida de casos nas últimas semanas, bem como um aumento de hospitalizações e óbitos, levando o Governo a emitir novas medidas de contenção, incluindo o encerramento total de teatros e de bares e restaurantes a partir das 18h. Desde o início da pandemia, este país já registou 542 789 casos de infeção e lamentou a morte de 37 700 pessoas.