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Charco do Parque do Picoto é projeto pioneiro na promoção da biodiversidade e sustentabilidade ambiental

Decorreu no passado dia 20 de dezembro, a apresentação pública do relatório da Monitorização e Avaliação do Estado Ecológico do Charco do Parque Urbano do Picoto.

 

O relatório compreende as ações realizadas no charco, que serve como habitat para várias espécies aquáticas e terrestres, ao longo de 18 meses (entre junho de 2022 a dezembro de 2023), descrevendo a forma como foi efetuada a inventariação e monitorização da flora e fauna, o controlo de espécies infestantes e invasoras e a implementação de medidas para incrementar a biodiversidade.

 
 

Altino Bessa, vereador do Município de Braga, sublinhou a relevância deste projeto pioneiro na promoção da biodiversidade e sustentabilidade ambiental numa área urbana.

“Os charcos têm uma importância muito grande na biodiversidade e este tem sido acompanhado de uma forma profissional, inclusivamente com a introdução de espécies de vegetação aquática que estão praticamente extintas em várias partes do território, sendo o único charco artificial do todo o Minho que tem esta particularidade”, disse, adiantando a intenção de incluir este charco na Rede Nacional de Santuários para Aves da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.

 
 

O vereador referiu ainda que o Monte Picoto é ´um pulmão da cidade´ que tem de ser ´protegido e valorizado´. “Queremos garantir que existem sempre condições para este ser um refúgio natural, um santuário para que a biodiversidade aqui se possa desenvolver”, disse.

As medidas implementadas para a valorização do charco incluíram a instalação de vegetação aquática nativa e a criação de infraestruturas ecológicas, sendo acompanhadas pelo desenvolvimento de sessões de sensibilização ambiental dirigidas à comunidade.

 

Entre os resultados mais relevantes, destacam-se a identificação de 39 espécies de vegetação aquática, incluindo algumas raras ou ameaçadas em Portugal; o aumento da riqueza de espécies da fauna local, com registos de mamíferos como o coelho-ibérico, ou o ouriço-cacheiro; e o controlo eficaz de espécies invasoras, que representavam uma ameaça significativa ao equilíbrio ecológico do charco.

A iniciativa contou ainda com a presença de elementos da equipa responsável pela preservação do charco: João Ferreira (fotoarmadilhagem e controlo de invasoras), Virgínia Duro (morcegos e macroinvertebrados), Pedro Alves (herpetofauna e aves) e Jael Palhas (consultoria e plantas aquáticas).

 

O relatório pode ser consultado em: https://bit.ly/41NDRvl.

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