Quantcast
 
 

CIM do Ave apresenta iniciativa «Residências Gastronómicas»

A iniciativa «Residências Gastronómicas» foi apresentada ontem à comunicação social no Mercado Municipal de Vila Nova de Famalicão e contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Ricardo
Mendes, da vereadora do turismo daquele Município, Luísa Azevedo, dos Chefs Renato Cunha do restaurante Ferrugem e Liliana Duarte e Álvaro Dinis Mendes do restaurante Cor de Tangerina, e do responsável pela Unidade de Inovação e
Valorização Económica dos Recursos Territoriais da CIM do Ave, José Martins. 

 


Este projeto é uma parceria entre as CIM do Alto Minho, Cávado e Ave no âmbito do Consórcio Minho Inovação e vai realizar-se entre os dias 17 e 22 de Setembro.

 
 


Esta iniciativa visa potenciar os recursos do Minho, pelo seu caráter singular, único e diferenciador, criando valor cultural e económico na região e atraindo novas sinergias de identidade, valorização e inovação. Desta iniciativa nascem outros eixos complementares que visam a (re)construção de uma identidade coletiva autêntica, viva, real e moderna, aplicando-a numa variedade de ofertas turísticas novas e consolidadas que refletem a riqueza e diversidade da região.


A representar a CIM do Ave, José Martins, falou da importância do papel da CIM do Ave no apoio a esta iniciativa. “É importante na medida em que estamos no território da CIM do Ave e estamos a dar apoio total ao município que acolheu este projecto. Durante estes cinco dias serão feitas visitas a todo o território do Minho, nomeadamente, Esposende, Viana do Castelo, Guimarães, entre outros.
Este projeto é importante sobretudo para o futuro. Para a sustentabilidade, para a relação de proximidade com os produtores, para potenciar os produtos endógenos. Esta é uma ideia nova que queremos continuar a promover para que haja uma mudança de comportamento, e queremos fazê-lo de forma a que exista contacto direto com o meio gastronómico desde o produto ao consumidor
final passando pelos produtores, comerciantes e confeccionadores. Esta cadeia tem de ser valorizada e potenciada. A nossa intenção é voltar a organizar esta iniciativa a curto prazo, para que os conceitos de sustentabilidade e economia circular sejam assimilados pelos participantes e pela comunidade em geral para depois serem difundidos”, esclareceu.

 
 


Liliana Duarte é também uma das organizadoras do evento e comentou a relevância do contributo prestado a esta iniciativa. “Associei-me a este projeto com o intuito de despertar um espírito crítico junto dos jovens que vão conhecer a realidade da terra até à mesa, ou seja, toda a cadeia alimentar que está envolvida nesta iniciativa. Incutir-lhes um sentido crítico para que eles possam perceber qual é a sua linguagem de cozinha fora de portas, numa metodologia mais activa”, revelou. Acrescentou ainda, que “factor basilar desta iniciativa é a sustentabilidade e a circularidade, em que o objetivo é fazer o aluno entender que os processos da natureza e da terra são totalmente convergentes com os da cozinha. Há um tempo para as coisas acontecerem e respeitando esse período o produto apresenta-se de uma forma mais natural. O nosso papel será facultar-lhe ferramentas que os ajudarão a perceber que métodos de sustentabilidade
são os mais atuais”, explicou.


O programa inicia com o acolhimento dos 10 jovens participantes na casa Ana Monteiro, um espaço de referência em turismo rural em Famalicão, que vai ser a casa destes jovens durante cinco dias. Ainda neste local serão realizadas sessões de cinema, conversas, tertúlias, alguns cozinhados em conjunto e um périplo pelo território do Alto Minho, Cávado e Ave em que será dedicado um dia
a cada região para que possam conhecer produtores, investigadores e historiadores, com os quais vão poder absorver uma abordagem transdisciplinar sobre o produto e o alimento. Termina no mercado com uma sessão sobre galinhas autóctones e o último dia fecha com uma refeição preparada em moldes tradicionais com alguns Chefs convidados e com os alunos.

 


O Chef e professor, Renato Cunha, é também um dos responsáveis pela organização das Residências Gastronómicas e frisou que “o facto de ter um restaurante e estar ligado à área da gastronomia e ser um curioso pode ser um contributo importante para munir os alunos de ferramentas indispensáveis a fim de contagiar o grupo de jovens. Vai ser uma semana intensa e imersiva e a
minha intenção é partilhar o meu conhecimento acerca dos produtos, técnicas e acima de tudo mostrar-lhe o que temos de autêntico no Minho”. “Claramente queremos mostrar a parte do Minho que não é tão visível e que muitas vezes se desconhece. Há termos que estão na moda como autenticidade, sustentabilidade, produtos biológicos ou naturais, e é precisamente aproveitando esta corrente que criamos este projeto a fim de aplicá-la na prática. Vai haver um conjunto de atividade, como masterclasses, visitas técnicas, degustações em restaurantes tradicionais que sejam bem representativos daquilo que é o Minho e restaurantes de fine dining, ou seja, será uma experiência verdadeiramente eclética, e o nosso papel enquanto embaixadores do Minho, será contagiar este grupo de 10 participantes para que daqui a uns anos sejam eles próprios neste papel a fim de propagar uma mensagem mais clara daquilo que é o território
minhoto”, concluiu.

Este evento intenta o envolvimento da comunidade e de parceiros na promoção da gastronomia do nosso território, tendo como mote principal a criação de desafios, para os alunos de Gastronomia desta região, de forma a celebrar e valorizar as receitas e produtos endógenos e da tradição minhota. No dia 17 de Setembro irá ter início esta iniciativa que terminará com um repasto no dia 22 do
mesmo mês aberto a toda a comunidade.

 

Comentários

comentários

Você pode gostar...