Encontro Nacional sobre Preservação Digital decorreu em Lisboa
A tecnológica Keep Solutions, da Universidade do Minho, organizou esta quinta-feira o Encontro Nacional sobre Preservação Digital, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, com 12 oradores de referência. A iniciativa ocorreu no Dia Mundial da Preservação Digital, tendo o Alto Patrocínio da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação (BAD). O evento explorou temas como legislação, planos de preservação digital e casos de sucesso.
A sessão de abertura contou com o diretor-geral da DGLAB, Silvestre Lacerda. Seguiram-se as intervenções do diretor de Serviços de Arquivística e Normalização da DGLAB, Pedro Penteado, e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, que abordou o arquivo e preservação de faturas eletrónicas. O programa juntou depois responsáveis do Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças, da Direção-Geral da Administração da Justiça, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, do Centro Hospitalar de São João e, ainda, das universidades do Porto, do Minho, de Coimbra e de Lisboa, que numa mesa redonda final responderam a temas sugeridos pelos participantes.
Este encontro visou estabelecer sinergias e a partilha de boas práticas com o fim de uma transição mais suave para a sociedade digital, salvaguardando a longevidade do património informativo das organizações. Nos últimos anos, têm sido implementados vários programas de preservação digital em Portugal e a Keep Solutions é uma das gestoras de referência na área.
Num mundo cada vez mais desmaterializado, torna-se imperativo que os ativos de informação produzidos sejam devidamente geridos e preservados durante todo o seu tempo de vida útil. Porém, há contextos em que esse tempo de vida útil da informação ultrapassa a longevidade dos sistemas, o que conduz a uma inquietação das organizações, numa fase de permanente evolução tecnológica. Esta preocupação deve-se a cumprir requisitos legais, a suportar operações institucionais, a motivações comerciais e de continuidade de negócio, a conservação e valorização do património digital ou a um misto de todas estas.