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Estação Radionaval de Apúlia acolhe centro de investigação e inovação da UMinho

Foi apresentado, em Esposende, o projeto para a instalação do MarUMinho – Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha da Universidade do Minho, na antiga estação radionaval de Apúlia e resultante da parceria entre o Município de Esposende e a Universidade do Minho. O significativo impacto que teve a apresentação de tão
arrojado projeto reflete a importância que as instâncias universitárias e políticas depositam no MarUMinho.

 


O Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, garante que a concretização deste projeto é irreversível, dado o enorme interesse de que se reveste e lembrando que “sempre que Portugal se virou para o mar, prosperou”. O governante perspetiva intensa atividade do MarUMinho na infinita tarefa de “aprender o funcionamento do oceano”.

 
 

De saída do cargo, Costa Silva pretende “deixar um legado” e, por isso, garantiu que este projeto é uma certeza e tem grandes possibilidades de colher apoios económicos de diversos programas, independentemente dos partidos políticos que venham a governar o país.


Para o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, o investimento que uma estrutura como o MarUminho requer, “situa-se entre os 12 e os 15 milhões de euros. O projeto foi crescendo e tornou-se pluridisciplinar, complementando outros projetos de grande importância. Por essa razão, penso que também poderá ser candidato a várias linhas de financiamento”, disse Benjamim Pereira, enaltecendo a abrangência do projeto que muito contribuirá para o crescimento económico da região.

 
 


Também o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro apelou ao Poder Central para proporcionar as condições necessárias para concretizar o projeto, considerando que “o Estado não ficará indiferente a um projeto que responde às ideias profusamente dispersas pelos sucessivos governos”.

O Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, garantiu que “o cerne da atividade do MarUMinho será a investigação”, mas adiantou que a oferta pedagógica também está contemplada, “com cursos conferentes e não conferentes de grau”, compreendendo ainda a componente de “interação com a comunidade e novos negócios, integrando uma rede de estruturas que se dedica à investigação na área da bioeconomia azul, relevante para a transição verde”.

 


O centro de investigação associado ao mar marcará o desenvolvimento e a inovação no concelho de Esposende, com profuso alcance internacional. Serão consolidadas iniciativas de investigação na área de valorização dos recursos marinhos da região Litoral Norte, destinadas a avaliar, de uma forma integrada, o potencial da aplicação desses recursos em diversos setores. Este polo permitirá ainda a instalação e fixação de um serviço de observação do litoral, focado na avaliação dos impactos das alterações climáticas sobre a hidrodinâmica e morfodinâmica costeiras.


Os antigos edifícios da estação serão reabilitados para cantina (com capacidade para 200 pessoas), habitações que poderão alojar três dezenas de estudantes e investigadores e a piscina servirá para testes de equipamentos. De raiz serão
construídos dois edifícios: um equipado com novos laboratórios; outro destinado a empresas, spinoffs e startups ligadas à economia azul, indústria alimentar, energias renováveis, cosmética e farmacêutica, mas também aos têxteis ou design de produtos.

 


A instalação do MarUMinho decorre do protocolo firmado a 19 de março de 2015, entre a Câmara Municipal de Esposende e a Universidade do Minho, tendo o Município adquirido, em setembro de 2018, por 936 mil euros, cerca de 3,5 hectares de terreno, dos 14 que formam a Estação Radionaval construída entre 1947 e 1950.


Esposende espera que as sinergias geradas neste centro multidisciplinar permitam alargar a incidência da investigação, até porque o Município tem outra parceria firmada com a Universidade do Minho, para a instalação do Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas no Forte de S. João Baptista, em Esposende.
Através deste projeto, o Município de Esposende está a contribuir para o cumprimento das metas plasmadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.

 

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