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Força Aérea Portuguesa monitoriza quebra-gelos de pesquisa científica da Federação Russa

Uma aeronave da Força Aérea Portuguesa (FAP) monitorizou, a 29 de Outubro de 2023, ao largo da costa continental de Portugal, o navio quebra-gelos de pesquisa e investigação científica “Akademik Fedorov” (IMO 8519837), do Instituto de Investigação do Árctico e Antárctida da Federação Russa. Sobre o convés de voo, à ré, podemos observar, sob coberturas de protecção, dois helicópteros Kamov Ka-32C.

 
Foto via FAP

Comandado por Andrey Leonidovich Alekseev (“Андрей Леонидович Алексеев”), largou a 20 de Outubro de 2023 de São Petersburgo, no Báltico, tendo como destino a Cidade do Cabo, na África do Sul, com chegada prevista para 12 de Novembro de 2023. Rumará posteriormente para a Antárctida, onde a Federação Russa possui várias estações científicas permanentes e onde este navio, sazonalmente, presta suporte. Irá agora acompanhar a 69.ª Expedição Russa da Antárctida em rotação da 68.ª (iniciada em Novembro de 2022, também com o seu apoio).

 
 

O “Akademik Fedorov” (“Академик Фёдоров”) faz parte da frota de 3 navios afecta ao Instituto de Investigação do Árctico e Antárctida (“Арктический и антарктический научно-исследовательский институт”, ААНИИ, AARI), uma entidade do Estado da Federação Russa, criada e sediada em São Petersburgo desde 1920, dirigida actualmente por Alexander Sergeyevich Makarov (“Александр Сергеевич Макаров”). As várias estações científicas da Federação Russa na Antárctida, as primeiras a remontar à década de 1950, são detidas e geridas por este mesmo instituto – estando actualmente 5 activas.

Construído na Finlândia em 1987, o “Akademik Fedorov” é um quebra-gelos de categoria Arc7, desloca 16 200 toneladas, com um comprimento de 141 metros, uma boca de 23 metros e um calado de 8,5 metros, com uma velocidade de 16 nós. Conta, à ré, com convés de voo (e hangar) para helicópteros. Tem um tripulação de 75 elementos podendo transportar 175 passageiros e operar, com apoio de gruas e convés de trabalho, variados equipamentos de pesquisa (conta com 11 laboratórios a bordo), compreendendo sonar capaz de produzir imagens tridimensionais do fundo do oceano e sondas de grande profundidade que podem recolher amostras a profundidades de 6 000 metros.

 
 


Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”

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