A depressão Daniel vai trazer mau tempo com um alerta amarelo
O mau tempo que se está a fazer sentir em Portugal continente surge na sequência da passagem da depressão “Daniel” que está associada a uma ondulação da superfície frontal fria que atravessa o território do continente.
No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado no dia 15 de dezembro, no Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil (CNEPC), da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada prevê-se, para as próximas 48 horas, um agravamento das condições meteorológicas, salientando-se:
– Períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes nas regiões norte e centro, prosseguindo na segunda-feira com aguaceiros por vezes fortes na generalidade do continente, com condições favoráveis à ocorrência de trovoada;
– Possibilidade de queda de neve acima dos 1400/1600 metros de altitude a partir do final da tarde de hoje, descendo a cota para os 1000 metros de altitude na segunda-feira, para os 800 metros no extremo Norte (ex. Gerês e Montalegre);
– Vento forte com rajadas até 80 km/h do quadrante sul nas terras altas do norte e do centro, aumentando de intensidade no dia de amanhã (rajadas de 100km/h), exceto no sul, onde as rajadas poderão atingir os 75 km/h Segunda-feira, vento do quadrante sul forte com rajadas até 75 km/h;
– Agitação marítima na costa ocidental a norte do Cabo Raso com ondas de noroeste com 5 a 6 metros de altura significativa, podendo atingir 8/10 metros de altura máxima, entre o meio da tarde de hoje e o fim da madrugada de segunda-feira. Na costa ocidental a sul do Cabo Raso, ondas de noroeste com 4 a 5 metros entre o fim da tarde de hoje e o fim da tarde de terça-feira.
Informação hidrológica
– Prevê-se precipitação forte e persistente, entre domingo e segunda-feira, com acumulação significativa nas bacias hidrográficas do Norte e do Centro, importando manter a vigilância para antecipar o aumento da cota dos cursos de água;
– Deverá ser dada uma especial atenção às zonas historicamente identificadas como vulneráveis a inundações e em particular em bacias hidrográficas não regularizadas e de escoamento rápido.
Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt
- EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
– Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
– Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
– Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
– Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
– Danos em estruturas montadas ou suspensas;
– Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
– Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
– Possíveis acidentes na orla costeira;
– Fenómenos geomorfológicos causados por estabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência. - MEDIDAS PREVENTIVAS
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
TODOS SOMOS PROTEÇÃO CIVIL!