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Militar portuguesa em missão de Comando e Controlo em “AWACS” da NATO

Militar da Força Aérea Portuguesa, Sargento-Ajudante Carla Miguel, a bordo de uma aeronave Boeing E-3A “Sentry”, LX-N90453 (c/n 22848), da Força Aerotransportada de Aviso Antecipado e Controlo da NATO (“NATO Airborne Early Warning & Control Force”, NAEW&CF) , numa missão de comando e controlo (C2) em contexto NATO “enhanced Vigilance Activities” (eVA), a partir da Base Aérea de Geilenkirchen, no Oeste da Alemanha (junto às fronteiras BENELUX), a 9 de Fevereiro de 2024.

 

Neste dia, este Boeing E-3A “Sentry”, a operar com o “callsign” NATO01 (# 4D03CB), descolou da pista 27 da Base de Geilenkirchen (ICAO: ETNG), cerca das 07:49 (UTC), operou durante 5 horas, regressando pelas 12:52 (UTC). No decurso desta missão operou durante cerca de 2 horas sobre o centro da Polónia, a Sul de Bydgoszcz, a cerca de 200 km a Sudoeste da região de Kaliningrad (“Калининград”), Federação Russa, no Báltico.

 
 

A militar portuguesa, na foto, está no interior do espaço de “cockpit”, imediatamente à retaguarda dos postos dos pilotos, no posto e função de “flight engineer”. O conjunto de mostradores circulares, à sua direita (em baixo), numa matriz de 4×4, correspondem à monitorização individualizada de parâmetros (níveis de óleo, temperatura de óleo, pressão de óleo, rotação) para cada um dos 4 motores. Cabe à “flight engineer” a verificação e monitorização de todo uma panóplia de indicadores da aeronave antes e durante o voo, participar (com a demais tripulação) no desenvolvimento e alteração de planos de voo e assegurar o desempenho continuado da aeronave, respondendo a anomalias e avarias.

O principal elemento distintivo desta aeronave é o radar instalado numa cúpula rotativa na secção superior da fuselagem – com um diâmetro de 9,1 metros, elevada a 3,35 metros, e que completa uma rotação a cada 10 segundos, permitindo-lhe cobrir um raio de 400 a 500 km. Um conjunto de 3 unidades Boeing E-3A “Sentry” conseguem alcançar a cobertura de praticamente toda a Europa Central.

 
 

O Boeing E-3A “Sentry” AWACS (“Airborne Warning and Control System”), assente na plataforma civil quadrimotor do Boeing 707, é tripulado por dois pilotos e um “flight engineer”, no “cockpit”; e por um conjunto de até 3 dezenas de especialistas que operam, em postos distribuídos pelo espaço de cabine, as consolas dos sistemas e sensores destinados a recolher, processar, apresentar e comunicar informação sobre meios detectados em voo ou à superfície (aeronaves, mísseis, navios, viaturas). Uma configuração típica de especialistas compreende 1 director táctico, 1 gestor de caças, 2 controladores de armas, 1 controlador de vigilância, 3 operadores de vigilância, 1 controlador passivo, 1 técnico de comunicações, 1 técnico de radar e 1 técnico de sistemas.

Com um comprimento de 46,68 metros, uma envergadura de asa de 44,45 metros, e com um peso máximo à descolagem de 147 toneladas, é propulsionado por quatro motores TF-33 Pratt & Whitney 100A que lhe permitem alcançar velocidade superior a 800 km/h. O “Sentry” pode operar numa janela de até 10 horas (que pode ser expandida com re-abastecimento em voo). Foram construídas 68 unidades entre 1977 e 1992, que receberam vários programas de actualização e melhoria bem como de extensão de vida útil.

 

A NATO opera directamente uma frota de E-3A “Sentry”, repartidos actualmente por 2 esquadras a operarem a partir da Base Aérea de Geilenkirchen, na Alemanha. A NATO possui bases destacadas de operação para os AWACS em Konya (Turquia), em Aktion (Grécia), em Trapani-Birgi (Itália) e em Ørland (na Noruega). A NATO encomendou originalmente 18 unidades desta aeronave, registadas no Luxemburgo, tendo a primeira sido entregue em Janeiro de 1982. Estão referenciadas actualmente 14 unidades no activo desta força.

Foto por Michael Linennen | NATO
Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”

 

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