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Município de Esposende continua o desafio da conservação do espólio do naufrágio quinhentista de Belinho1

O Serviço de Património Cultural do Município de Esposende desenvolve, desde 2014, ações de preservação e conservação dos artefactos recuperados do naufrágio quinhentista de Belinho1.

 
esposende

Neste âmbito, continuam os trabalhos de dessalinização do importante conjunto de mais de 80 peças madeiras do navio, a grande maioria arrojadas na praia de Belinho e recuperadas com o auxílio dos achadores Luís Calheiros e Emanuel Sá, João e Alexandre Sá.

 
 


A conservação de material proveniente de contextos subaquáticos salinos é um trabalho complexo, demorado e que exige à equipa de conservação estudo constante. É uma luta constante em que o sal, a temperatura, a humidade relativa e o oxigénio são inimigos implacáveis da conservação destes objetos.


De realçar que a investigação realizada às madeiras, no âmbito do projeto ForSEADiscovery, contou com arqueólogos e especialistas em dendocronologia, apoiados por voluntários, um especialista em construção naval em madeira e pelos achadores João e Alexandre Sá.
Um dos resultados do estudo foi a identificação do tipo de madeira, proveniente de florestas de carvalhos Europeus (“Quercus robur/ Q. petraea”), incluindo carvalhos Ibéricos (“Q. pyrenaica / Q. faginea”), permitindo concluir que se trata de um navio de construção ibérica.

 
 


A mais recente publicação dos resultados da investigação intitula-se “The Belinho 1 Shipwreck, Esposende, Portugal”, da autoria de Ana Almeida, Tânia Casimiro, Filipe Castro, Miguel Martins, Alexandre Monteiro e Rosa Varela Gomes, editada pela internacional e prestigiada Springer Nature.
No ano em que se assinalam os 450 anos da Carta Régia de Esposende, datada de 19 de agosto de 1572, convidamos todos os interessados a mergulhar nesta história, numa visita à exposição “Patrimónios Emersos e Submersos – Do Local ao Global”, patente no Forte de S. João Baptista, aberta todos os dias, exceto à segunda-feira.


Este conjunto de ações contribuem para o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente “Cidades e comunidades sustentáveis”, com a consolidação dos esforços para proteger e salvaguardar o património cultural.

 

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