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Politécnico de Viana do Castelo é “o maior projeto de coesão territorial e social do distrito”

Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, desafiou as instituições de ensino superior a atraírem mais jovens para a economia do mar, valorizando as profissões emergentes.

 

Foi em ambiente de festa, recordando o passado, celebrando o presente e projetando o futuro que o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) celebrou ontem, 15 de maio, o 36.º aniversário. “Com um longo caminho já percorrido e com muito trabalho feito”, o presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, assumiu que “ainda há muito a fazer” e há “grandes desafios” a curto e médio prazo. Já a consolidação de projetos e as parcerias profícuas mereceram destaque por parte do presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, que considera que o Politécnico de Viana do Castelo é hoje “o maior projeto de coesão territorial e social do distrito”.

 
 

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, começou por reconhecer o processo de crescimento e de consolidação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. “Para mim, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo é o maior projeto de coesão territorial e social do distrito”, assumiu Luís Nobre, destacando “o impacto” que a academia tem tido nas várias áreas. “Com as parcerias, o IPVC tem conseguido encontrar soluções e tem tido a capacidade de agregar socialmente todo o território”, aplaudiu.

Evidenciando o “privilégio” de estar presente na sessão solene pela primeira vez enquanto presidente da autarquia, Luís Nobre destacou as “parcerias profícuas” que o Município de Viana do Castelo mantém com o IPVC que têm respondido às necessidades do território. Para o futuro avizinham-se “grandes desafios”, que são duas áreas fundamentais para a academia e para o concelho: transição climática e economia do mar.

 
 

Já o presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, começou por fazer um balanço do trabalho realizado nos primeiros dois anos de mandato. “Um longo caminho já percorrido e com muito trabalho feito. Mas há ainda muito a fazer”, admitiu o presidente do Politécnico de Viana do Castelo, assumindo “grande desafios” no futuro a curto e médio prazo.

A construção dos edifícios de investigação em Ponte de Lima e em Viana do Castelo mereceram destaque por parte do presidente do Politécnico de Viana do Castelo. “Estes dois projetos de construção encontram-se nas Câmaras Municipais de Viana do Castelo e de Ponte de Lima para licenciamento e espera-se que, no âmbito do Quadro de financiamento 2030, haja financiamento para este tipo de infraestruturas”, apelou.

 

Carlos Rodrigues referiu também a construção de novas residências, que conta com a colaboração das câmaras de Valença e Melgaço, e que vai permitir a disponibilização de quase 400 camas. A criação de duplas titulações e o desenvolvimento de projetos de investigação conjuntos são outros projetos que o Politécnico de Viana do Castelo tem em mãos. Integrar a rede de universidades europeias, o reforço da cooperação com os PLOP e o aumento do número de alunos internacionais são ainda objetivos a concretizar pelo Presidente do Politécnico de Viana do Castelo. Carlos Rodrigues evidenciou também o projeto BAITS, que surge no alinhamento com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Com o BAITS vai ser possível disponibilizar, entre outros, mentorias, tutorias, o ano zero, de forma a mitigar o abandono escola, novas abordagens de ensino, nomeadamente o ensino à distância que vai atrair novos públicos, o reforço da oferta formativa ao nível dos CTeSP e Mestrados”, assegurou Carlos Rodrigues, garantindo que com estas medidas o IPVC “pretende qualificar os recursos humanos do tecido empresarial de forma a tornar a região mais competitiva no mercado global, bem como apostar na digitalização e modernização dos serviços”.

IPVC promove a “formação integral” dos estudantes

 

Ainda na sessão de abertura, a presidente do Conselho Geral do IPVC, Maria do Rosário Barros, defendeu que “uma instituição sem memória é uma instituição sem história, e uma instituição sem história é uma instituição sem futuro”. Hoje, ao entregar os prémios a alunos, a docentes e a não docentes, o IPVC está, nas palavras da presidente do Conselho Geral, a escrever a história da instituição e a conduzi-la para o futuro.

“Muito nos podemos orgulhar do nosso instituto, porque mais do que formar inquestionavelmente excelentes profissionais em diversas áreas, combinado ensino com investigação, numa atitude pró-ativa de permanente inovação, cooperação e compromisso, centrado no desenvolvimento da região, do país e do mundo, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo promove a formação integral dos seus estudantes ao longo da vida ensinando-os a amar e aprendendo a amar com eles”, elogiou Maria do Rosário Barros.

 

O IPVC é, de acordo com a presidente do Conselho Geral, “uma instituição reconhecida, nacional e internacionalmente, pela qualidade da sua formação e investigação que assenta num corpo docente científica, técnica e pedagogicamente muito qualificado, com processos formativos inovadores, suportada por atividades de investigação, desenvolvimento e inovação numa parceria simbiótica com os agentes da comunidade e que se traduz em grande notoriedade e contributo para o desenvolvimento sustentável da região”.

No discurso, a presidente do Conselho Geral, sublinhou que “o IPVC é uma instituição onde se quer e se gosta de estudar, onde se quer e se gosta de trabalhar e quando assim é, tudo é possível nomeadamente ser feliz”.

Ainda na sessão solene comemorativa, o presidente da Federação Académica do IPVC, André Neves, referiu que os 36 anos “são sinónimo de muito trabalho, empenho, profissionalismo e inovação”. André Neves reconheceu e agradeceu todo o trabalho feito pelo Politécnico de Viana do Castelo, que tem vindo a crescer e a consolidar-se. O presidente da Federação Académica do IPVC deixou ainda um apelo aos estudantes: “façam da academia a vossa casa”.

Instituições de ensino superior “têm potencial de crescimento e de atração internacional”

Depois da entrega de prémios aos alunos com melhor classificação de ingresso, de Mérito a Estudantes, de Reconhecimento de Carreira a pessoal não docente, a pessoal docente e aos novos Doutorados, realizou-se ainda uma mesa redonda sobre “A Estratégia Nacional para o Mar”. Moderada pela jornalista da RTP Maria Cerqueira, o debate juntou o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, e o Consultor Estratégico na Fórum Oceano, Rui Azevedo.

O secretário de Estado do Mar começou por referir que “o oceano é um novo território”, havendo aqui “uma aprendizagem em identificar problemas de licenciamento e legislação nesta área que é relativamente nova”. Portugal, assegurou o secretário de Estado do Mar, “está na liderança em muitos projetos de grande inovação e que já são objeto de atenção de grandes multinacionais”. Acreditando que Portugal tem aqui uma “enorme oportunidade”, José Maria Costa deixou o desafio às instituições de ensino superior “para atraírem mais jovens para a economia do mar, valorizando as profissões emergentes”. Este é um desafio que Portugal tem pela frente e José Maria Costa acredita que as empresas e as instituições de ensino superior têm aqui “um potencial de crescimento e de atração internacional”. O ex-presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, que confidenciou que esta cerimónia foi o primeiro convite que aceitou enquanto secretário de Estado do Mar, defendeu que o futuro passa por atrair talento para o nosso país e para estas áreas.

Já o Consultor Estratégico na Fórum Oceano, Rui Azevedo, destacou os “desafios emergentes” que podem trazer crescimento de valor acrescentado numa dimensão de sustentabilidade em áreas como as indústrias navais ou turismo com os novos paradigmas da descarbonização ou da economia digital. Rui Azevedo também acredita que “os institutos politécnicos têm um “papel importante”.  Para o Consultor Estratégico na Fórum Oceano “há um crescimento muito significativo de conhecimento e tecnologia nestas áreas e com grande potencial e criar esse sistema implica talento, investimento e financiamento que são condições fundamentais para que tudo comece a ganhar forma”. Há aqui, concluiu Rui Azevedo, “uma janela de oportunidades que o país não pode perder”.

De destacar que no âmbito da Estratégia Nacional do Mar, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo já está a desenvolver novas ofertas formativas de pós-graduações, cursos de curta duração (micro-credenciais) e um ciclo de conferências e oficinas pedagógicas – Water Design Views. Formações em logística e transporte marítimo, Construção Naval e Máquinas e Sistemas Marítimos, desportos náuticos, marketing e comunicação do mar, guias turísticos, documentarismo e artesanato náutico, gestão de recursos hídricos e saúde pela água, entre outros também já integram o trabalho que o IPVC está a desenvolver nesta área.

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