Portugal é o 5º país onde os preços das telecomunicações mais descem, segundo a Apritel
É mais um confronto em torno dos preços entre a Anacom e a Apritel. Depois da Anacom ter comunicado que Portugal tinha os preços médios de dados mais caros da Europa e que, desde final de 2009 até final de 2020, os preços tinham subido 6,5% contrariando uma quebra de 10,8% na União Europeia, a associação que representa os operadores acusa a Anacom de manter uma visão “distorcida” sobre a evolução dos preços das comunicações e, com isso, transmitir uma “imagem incorreta do setor”. Portugal, dizem, “é o 5º país onde os preços das comunicações eletrónicas mais descem”.
“Dos dados publicados retira-se que, ao longo dos últimos 12 meses em Portugal o preço das comunicações eletrónicas desceu 2,1%, enquanto na média Europeia os preços ficaram estáveis. Portugal é assim o 5º país em que os preços mais desceram”, diz a Apritel.
Quanto ao preço dos dados móveis, o mesmo estudo referido pela Anacom – do “Worldwide mobile data pricing 2020”, da Cable.co.uk1 – “refere que em Portugal, de 2019 para 2020, o preço médio por GB de dados móveis desceu 64,4%.”
Mais, diz ainda a Apritel, “Portugal é o 3º país com custos médios mensais de banda larga fixa mais baixos no espaço da Europa Ocidental e o país da Europa Ocidental onde esse custo mais baixou entre 2019 e 2020, com uma redução absoluta de 16,11 USD (-33%).”
Uma visão que não é referida no relatório do regulador. “Os destaques que escolhe fazer, a Anacom refere que Portugal é “o 23º país com aumentos de preços mais elevados”, o que é uma forma incorreta e pouco transparente de retratar o que verdadeiramente se verifica”, acusa a associação.
“A Apritel considera inaceitável a visão da Anacom sobre a evolução dos preços das comunicações eletrónicas, a qual transmite uma imagem incorreta do setor das comunicações eletrónicas e de Portugal, pelo que manifesta a sua total indignação.”
Dinheiro Vivo