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Protocolo de cooperação entre Parque Nacional Peneda-Gerês e o das Cascatas do Norte (EUA)

Portugal e Estados Unidos da América assinaram esta sexta-feira um protocolo de cooperação para a partilha de experiências na gestão do parque nacional da Peneda-Gerês e o das Cascatas do Norte (EUA), que poderá incluir projetos de investigação, reflorestação e preservação de espécies.

 

O documento foi assinado pelo presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Nuno Banza, e pela diretora do Parque Nacional das Cascatas do Norte, Karen Taylor-Goodrich, na residência oficial do embaixador norte-americano em Lisboa.

 
 

Em declarações à Lusa, Karen Taylor-Goodrich, pela primeira vez em Portugal, disse que a parceria estabelecida poderá permitir a realização de “projetos específicos”, a definir, nomeadamente de investigação científica envolvendo universidades, bem como de “proteção e reintrodução de espécies e de reflorestação”.

Para a diretora do Parque Nacional das Cascatas do Norte, no estado de Washington, são “áreas potenciais” de colaboração que podem vir a ser trabalhadas como o Parque Nacional da Peneda-Gerês, que visitou esta semana e que é gerido pelo ICNF.

 
 

A esta lista de potencialidades de cooperação, o presidente do ICNF, Nuno Banza, acrescentou, em declarações aos jornalistas, a “troca de experiências e conhecimento” na preservação de animais como o lobo e o urso-pardo, no combate a plantas exóticas invasoras e na gestão transfronteiriça de ‘habitats’ e espécies protegidas.

Segundo Nuno Banza, Portugal pode aprender com a experiência que os Estados Unidos têm na gestão dos parques que fazem fronteira com o Canadá para “melhorar a relação com Espanha em termos de conservação da natureza”, inclusive ao nível da “articulação entre os objetivos de conservação e os de desenvolvimento de territórios de baixa densidade”.

 

O protocolo hoje assinado, que vincula apenas o Parque Nacional da Peneda-Gerês, poderá, no entanto, de acordo com o presidente do ICNF, ser eventualmente replicado noutros parques portugueses. “Não temos uma agenda definida”, afirmou.

Nuno Banza ressalvou ainda que a “partilha de conhecimento” adquirida com a geminação com o Parque Nacional das Cascatas do Norte “é uma oportunidade” que poderá ser estendida a outras zonas protegidas em Portugal.

 

O embaixador dos Estados Unidos, George Glass, que acolheu a assinatura do protocolo como uma “boa notícia”, espera que a cooperação hoje estabelecida com o ICNF possa ser “uma de muitas” entre as entidades norte-americanas e portuguesas.

Num gesto de solidariedade com as comunidades afetadas pelos incêndios que assolaram a região centro em outubro de 2017, a embaixada norte-americana promove em 16 de novembro uma ação de reflorestação do Pinhal de Leiria, que ardeu quase na totalidade há dois anos.

 

A ação segue-se à campanha “ReforestationNation” (Reflorestação de uma Nação), que a embaixada organizou em abril.

Situado no estado de Washington, o Parque Nacional das Cascatas do Norte, que tem mais de 275 mil hectares, alberga animais como a águia-de-cabeça-branca, o salmão-vermelho, o lobo-cinzento, a cabra-das-rochosas, o urso-pardo e a marmota.

O complexo montanhoso inclui extensas florestas, uma parte da Cordilheira das Cascatas, o lago Chelan, o terceiro mais profundo dos Estados Unidos, e mais de 300 glaciares, a maior concentração de glaciares nos Estados Unidos fora da região do Alasca.

Com uma área de cerca de 70 mil hectares, que se estende pelas serras da Peneda, do Soajo, Amarela e do Gerês, o Parque Nacional da Peneda-Gerês é um santuário para animais como o corço, o lobo, a truta-do-rio, a lontra, o lagarto-de-água e a toupeira-de-água.

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