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Rally Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas, Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto abre pela segunda vez Europeu e Campeonato de Portugal

Pelo segundo ano consecutivo, a edição 2023 do Rally Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas, Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto (10, 11, 12 março) será a prova de abertura do FIA-ERC (European Rally Championship) e do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), com um programa de 17 classificativas em três dias que promete grande animação naqueles cinco concelhos das regiões do Minho e de Trás-Os-Montes. É, também, o quarto ano consecutivo que figura no calendário da segunda competição de ralis mais importante da FIA, tendo adquirido um estatuto de referência graças ao trabalho e empenho conjuntos da Demoporto (Clube de Desportos Motorizados do Porto) e das cinco autarquias que o recebem. Em termos gerais, a estrutura é muito idêntica à da edição transata, surgindo como única novidade, a nível de classificativas, a introdução de uma segunda “especial” no concelho de Boticas, designada por Boticas/Vale do Tâmega (9,64 km).

 

“A primeira aposta da Demoporto e da Câmara de Fafe, mediante um contrato assinado, era para um ciclo de três anos, até ao ano transato. Neste momento, o que é uma situação única, o contrato em vigor diz respeito apenas a 2023, muito embora tenhamos recebido uma já proposta de continuidade. É do nosso interesse prolongar esta relação para os próximos anos, desde que os nossos atuais parceiros, institucionais e particulares, prossigam connosco no projeto”, assinala Carlos Cruz, presidente do Demoporto, comentando o facto de o rali fazer parte do Europeu pelo quarto ano consecutivo. Depois, e em relação à estrutura do evento, aquele responsável acrescentou: “Procuramos, desportivamente, um traçado que seja do agrado dos pilotos e das equipas, mas não está a ser de todo fácil, em termos de budget, assegurar os montantes necessários que permitam suportar os custos associados a um evento desta dimensão. Há regiões bastante conhecidas por fazerem parte, historicamente, do Mundial de Ralis, mas Boticas, por exemplo, neste projeto desde o início, possui território com potencial para vislumbrar novos horizontes a nível internacional, ao passo que as restantes, como Fafe, Felgueiras ou Cabreira, dispensam apresentações”.

 
 

Para Parcídio Summavielle, vereador da Câmara Municipal de Fafe e, historicamente, o grande mentor da organização de ralis como alavanca de divulgação e promoção turística do concelho e regiões limítrofes, “é um orgulho para Fafe, e não só, integrar o calendário do Europeu de Ralis pela quarta época consecutiva… Acho que as Câmaras de Fafe, de Felgueiras, de Boticas, de Vieira do Minho e de Cabeceiras de Basto estão de parabéns por terem sido capaz de oferecer, nos últimos dois anos, condições que convenceram o promotor a apostar neste rali. Se olharmos para o atual calendário do ERC, verificamos que a maior parte dos eventos estão vinculados a países, como os Ralis da Polónia, da Letónia, da República Checa e da Hungria, ou a grandes territórios, como o Rali da Escandinávia. E é motivo de grande orgulho, nós, cinco regiões de pequena dimensão, ombrearmos com essas organizações nacionais, o que enaltece o trabalho de qualidade que fazemos em parceria com a Demoporto. Aliás, importa dizer que não foi nada fácil, após três anos de contrato, manter o rali este ano no Europeu, obrigando, tanto ao Demoporto como as cinco câmaras, a um investimento altíssimo e um enorme esforço para não desperdiçar o capital acumulado ao longo dos três anos anteriores”.

Na perspetiva deste responsável da edilidade de Fafe, há, neste momento, grandes desafios pela frente, de modo a salvaguardar, em termos de futuro, a continuidade do rali no calendário do FIA-ERC:“Para esta edição foi estabelecido um acordo de patrocínio com a Lingote – empresa local que integra um dos líderes mundiais da área de alumínios – que ainda não é para o naming da prova, mas no futuro há que encontrar outros parceiros privados para projetar ainda mais o rali. O contributo financeiro das câmaras revela-se insuficiente para garantir o orçamento e teremos que recorrer cada vez mais aos privados. Outro dos desafios que temos pela frente é voltar a trazer o público, depois dos dois anos de pandemia e das más condições climatéricas verificadas no ano transato, em grande número às classificativas. Este ano haverá diversos motivos de interesse na abertura do Europeu e do Campeonato de Portugal de Ralis e um deles, por exemplo, será a participação do Craig Breen, piloto irlandês da Hyundai que irá disputar o nosso campeonato com a Hyundai Portugal e que na semana passada esteve à frente do Rali da Suécia até ao último dia. Direi que está tudo preparado, em cada um dos cinco concelhos, para receber bem as pessoas e proporcionar-lhes uma ótima estadia no rali”, concluiu Parcídio Summavielle.

 
 

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