Submarino Arpão da Marinha Portuguesa dispara dois torpedos em exercício de interdição ao Porto de Setúbal
Recolha de um dos dois torpedos pesados “Black Shark” (de exercício) disparados pelo submarino NRP “Arpão” (S161) da classe “Tridente” da Marinha Portuguesa, sob comando do capitão-de-fragata Filipe Clemente Taveira Pinto, no decurso do exercício anual INSTREX, que decorreu de 18 a 22 de Março de 2024 ao largo da costa continental de Portugal. A recolha do torpedo de exercício está aqui a ser feita a partir do navio hidro-oceanográfico NRP “D. Carlos I” (A522), com recurso a grua Fassi F335 (de 31,7 toneladas). Os disparos tiveram lugar num contexto de simulação de interdição ao Porto de Setúbal.
Os torpedos “Black Shark”, desenhados e produzidos pela italiana “Whitehead Alenia Sistemi Subacquei” (WASS), actualmente Leonardo, têm 6,3 metros de comprimento, 533 milímetros (21 polegadas) de diâmetro, transportando uma ogiva de 350 kg. Têm uma velocidade máxima de 50 nós e um alcance de 50 km. A Marinha Portuguesa adquiriu, em 2005, 24 unidades do torpedo “Black Shark”.
A Marinha Portuguesa envolveu neste seu exercício duas fragatas, um navio de patrulha oceânico, um navio hidro-oceanográfico, uma lancha de fiscalização rápida, um submarino, um destacamento da Unidade de Sistemas Não Tripulados, uma força de desembarque anfíbio do seu Corpo de Fuzileiros e ainda um destacamento da sua Unidade de Operações Especiais.
O exercício contou com meios da Marinha Portuguesa, da Força Aérea Portuguesa (aeronaves F-16 e helicópteros EH-101) e da Armada Espanhola (envolvendo operacionais das respectivas Operações Especiais), totalizando 563 militares.
Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”