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Teatro em línguas minoritárias leva Cabo Verde, Galiza e Marrocos a Barcelos

O Theatro Gil Vicente, em Barcelos, recebe este fim-de-semana a segunda edição do LÍNGUA – Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias que abre, na sexta-feira, com a peça “O Milagre das Cruzes”, com interpretação em língua gestual portuguesa, promovendo o conhecimento e o contacto com uma língua minoritária através de uma obra protagonizada pela companhia de teatro da APACI (Associação de Pais e Amigos Centrada na Inclusão), de Barcelos, que trabalha artisticamente a inclusão de pessoas com deficiência e/ou incapacidade através do teatro.

 

No sábado, da Galiza, chega o premiado trabalho “O Meu Mundo non é deste Reino” do Teatro da Ramboia, que traz a palco a língua galega e, de Marrocos, a companhia Blanc’art de Casablanca traz o espetáculo “Soupir” em dialeto darija. No domingo, o cartaz é dedicado ao público infantil, e é em língua cabo-verdiana ou crioulo que “Saaraci, o Último Gafanhoto do Deserto” sobe a palco pela mão do Saaraci Coletivo Teatral, companhia na diáspora entre Portugal e Cabo Verde.

 
 

O certame terá, ainda, um debate com criadores, programadores e diretores de companhias e associações internacionais, sobre a importância do teatro como expressão para a salvaguarda e a difusão das línguas minoritárias. Haverá também espaço para formação, com destaque da oficina para crianças sobre língua mirandesa, dirigida pelo autor e professor Duarte Martins. A música ocupa também destaque neste festival como um espetáculo de música tradicional galega do grupo “A Ponte Vella”, e um concerto do projeto “Sons de Barro” da Banda Musical de Oliveira.

A programação do LÍNGUA abarca o teatro em línguas minoritárias e transcende as suas fronteiras. O Festival abre-se ao teatro, amador, comunitário, popular, étnico, numa procura de teatros do mundo reais como são feitos e vividos no nosso tempo. A organização é da companhia Teatro de Balugas e do Clube UNESCO para a Salvaguarda do Teatro em Línguas Minoritárias, com o financiamento do Município de Barcelos, da Fundação INATEL e o apoio de várias entidades nacionais e internacionais. 

 
 

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